Parlamentares reclamam da burocracia na liberação do crédito rural

Redação PH

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Parlamentares reclamam da burocracia na liberação do crédito rural

Em audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária,Abastecimento e Desenvolvimento Rural, a deputada Teresa Cristinaalertou para a demora na análise dos pedidos de financiamento. "Muitosprodutores não conseguiram recursos para pré-custeio (compra deinsumos básicos para a lavoura), o que encareceu os custos deprodução".

Outro problema, segundo ela, são as exigências mais rigorosas, como ahipoteca da terra. "Antes era apenas penhor da safra, isso atrasa orecebimento do crédito," disse. "A safra de milho foi monstruosa e asempresas não tiveram recursos para a compra dessa produção, apesar dasexportações estarem fluindo muito bem", assinalou.

"E' preciso que haja um esforço concentrado de todo o setor paracontornarmos a questão do custeio, a fim de que esses recursos cheguema quem precisa e na hora certa. Em Mato Grosso, as chuvas da manga edo caju, tardam mas não falham. Há recursos no mercado, o grandeproblema é o afunilamento do crédito pela burocracia. ", falou odeputado Adilton Sachetti (PSB-MT).

Já o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) enfatizou que uma dasexigências desnecessárias é a certidão negativa junto a serviços deproteção ao crédito do proprietário que arrenda a terra. Segundo ele,isso impede que o arrendatário tenha acesso ao crédito.

Outra exigência é a revalidação dos cadastros bancários, o que,conforme o parlamentar, adia as negociações com o banco por três ouaté quatro meses.

Depósitos a vista

O diretor-adjunto de Negócios da Federação Brasileira de Bancos(Febraban), Ademiro Vian, chamou atenção para a queda de R$ 6,8bilhões no volume dos depósitos a vista destinados ao créditoagrícola, tendência observada desde janeiro.

Hoje, os bancos têm de aplicar 34% da média diária de depósitos avista, nas linhas de crédito rural. "Essa fonte não vai acompanhar ademanda do setor." Ele lembrou que os depósitos à vista (dinheiro queo público deposita nos bancos) são um dos instrumentos de políticamonetária prejudicados pela desvalorização do real.

O diretor do Departamento de Economia Agrícola do Ministério daAgricultura, Wilson Vaz de Araújo, admitiu que a pasta enfrentacenário macroeconômico desfavorável se comparado ao período de 2009 a2014. Ainda assim, o desempenho do crédito é positivo. "Claro,sabemosque depósitos à vista e a própria caderneta de poupança estão emsituação mais delicada do que no ano passado", disse, ressaltando quea oferta de recursos aumentou em R $30 bilhões, de julho de 2014 para2015.

O diretor de Agronegócios do Banco do Brasil, Ivandré Montiel daSilva, por sua vez, destacou o crescimento de 3% do volume de recursosinjetado pela instituição no agronegócio neste ano. Do primeiro para osegundo trimestre, a carteira agrícola do banco, segundo ele, passoude R$ 163,4 bilhões para R$ 168,3 bilhões.

Desse total, 29% operações de crédito rural foram voltadas ao custeio(despesas básicas da lavoura); 20% à agroindústria e 46% ainvestimentos (modernização agrícola).

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