Parceria garante avanço nos registros de estabelecimentos avícolas de Mato Grosso

Parceria garante avanço nos registros de estabelecimentos avícolas de Mato Grosso

Parceria garante avanço nos registros de estabelecimentos avícolas de Mato Grosso

Buscando manter a excelência da sanidade avícola em Mato Grosso e o cumprimento das exigências do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) foi anfitriã de um encontro, dia 20 de março, entre órgãos oficiais de sanidade animal e avicultores para sanar as dúvidas em relação ao prazo final para o registro dos estabelecimentos avícolas de Mato Grosso, fiscalização e controle de estabelecimentos avícolas de postura e de corte.

Participaram representantes da Superintendência Federal da Agricultura de Mato Grosso (SFA-MT), Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Associação Mato-grossense de Avicultores (Amav), produtores e Famato.

O prazo para protocolar a granja no Indea com a assinatura de um responsável técnico termina dia 30 de junho de 2019 em Mato Grosso.

Durante a reunião, os avicultores externaram os anseios do setor, dúvidas e sugestões. Dos apontamentos a principal dúvida foi em relação ao prazo e às regras que devem ser cumpridas para obter o registro provisório ou definitivo.

“O resultado do encontro foi muito produtivo e atendeu o nosso objetivo. Conseguimos sanar as dúvidas do setor produtivo. Isso foi muito bom porque eles nos ouviram e nós tivemos a oportunidade de ouvir o problema deles. Desta forma vamos ter embasamento para buscar soluções. Foi importante também, porque conseguimos mostrar quais são as dificuldades do serviço oficial com relação aos problemas que vem ocorrendo”, avaliou a médica veterinária do Serviço de Saúde Animal da SFA-MT, Reini Braga Moreira.

No ponto de vista do Mapa, a parceria entre o Ministério, Indea, Famato, associações de avicultores e os próprios avicultores é muito boa e positiva.

“Nós somente vamos conseguir uma avicultura de ponta, um trabalho de defesa sanitária diferenciado se o setor produtivo e o serviço oficial estiverem andando em conjunto, alinhados com o mesmo pensamento. E essa parceria possibilita isso”, apontou a médica veterinária Reini.

Segundo o analista de Pecuária da Famato, Marcos de Carvalho, o que tem norteado as ações e garantido destaque para o trabalho de sanidade animal realizado em Mato Grosso é, sem dúvida, a boa relação mantida entre o setor produtivo, Famato, Indea, Mapa e as associações de avicultores do estado.

Para o produtor de ovos de Campo Verde, Tarcísio Schroeter, a reunião foi produtiva e esclarecedora. “Tiramos nossas dúvidas quanto ao prazo de registro e adequações necessárias. O Mapa e o Indea foram bastante solícitos e nos tranquilizaram sobre as adequações, principalmente nas granjas de postura comercial de ovos. Tínhamos muitos questionamentos quanto à distância exigida entre galpões e fábricas de ração. Como tem granjas com mais de 20 anos, não tínhamos como mudar a construção e alterar a distância. O Mapa e o Indea, de comum acordo, nos posicionaram que nesses casos não será necessário mudanças na distância. Em contrapartida, vamos ter que investir em barreiras que minimizem os riscos de contaminação de entrada de doenças como a influenza aviária”, explicou o produtor.

De acordo com o coordenador de Defesa Sanitária Animal do Indea, João Marcelo Brandini Nespoli, Mato Grosso avançou no cumprimento dos registros dos estabelecimentos avícolas.

“Atribuímos esse resultado positivo a parceria entre o serviço público, Indea e Mapa e setor privado, pois entendemos que defesa sanitária animal se faz em conjunto. A representação da Amav, Famato e produtores estão sendo muito importantes nesse processo”, destacou Nespoli.

Para o coordenador, as dúvidas do setor foram pontuais, a maioria delas foram sobre prazo, adequações, árvores frutíferas, sombreamento, atrativas de pássaros, distanciamentos externos e internos, biosseguridade. Segundo ele, ficou esclarecido que a última análise, ou seja, quem vai tomar a decisão final é o médico veterinário que faz a vistoria da granja, tudo dentro da norma. Todos concordaram e estão cientes.

“Quanto às regras de distanciamento externos, as granjas que não cumprem isso deve fazer uma avaliação de risco. E as que não cumprem distanciamento interno têm que fazer o termo de ajuste de conduta. Todos esses procedimentos são feitos em conjunto, o veterinário oficial do Indea e o veterinário responsável técnico da granja”, esclareceu Nespoli.

O objetivo das regras de biosseguridade, segundo o coordenador do Indea, é o de garantir a certificação do estado de Mato Grosso. O setor produtivo do estado, como boa parte do Brasil é reconhecido pelo Mapa como livre de doença de Newcastle e influenza aviária, e o que garante isso são as medidas de biosseguridade como, por exemplo, cercas, controle de acesso, desinfecções, aquisição de aves em estabelecimentos certificados, entre outras”, pontuou João Marcelo.

Conforme o diretor executivo da Amav, Lindomar Rodrigues, foi firmada uma parceria entre a Amav e o poder público oficial, com o intuito de nivelar o atendimento dos técnicos para que todas as granjas de Mato Grosso estejam adequadas até dezembro deste ano.

“No setor de postura apenas oito granjas ainda não se adequaram às regras. Certamente até o final do prazo todas estarão de acordo com a legislação. A reunião foi oportuna, tivemos todas as dúvidas sobre distância interna entre núcleos e galpões esclarecidas e ficou definido que cada granja terá tratamento individual, visto que cada caso tem sua particularidade”, frisou Lindomar.

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