Um oficial do exército da Tunísia de 58 anos foi uma das 43 vítimas do triplo atentado ao Aeroporto Internacional de Istambul, na terça-feira (28). Fathi Bayoudh foi para Turquia se encontrar com o filho, que abandonou seu país natal para lutar pelo Estado Islâmico, segundo um site tunisiano.
Uma fonte de segurança da Tunísia disse ao jornal britânico The Guardian que o jihadista tinha ido havia alguns meses para Síria na companhia da namorada com quem tinha estudado na faculdade de medicina.
O site tunisiano Business News informou que o homem de menos de 30 anos, foi localizado nas regiões de conflito na Síria. Com a ajuda dos serviços da Tunísia, ele foi convencido a voltar para o seu país, via Istambul, após várias tentativas do pai.
Ao chegar à Turquia, o filho de Bayoudh foi detido. No aguardo da extradição, que é prevista em lei, o chefe do serviço de pediatria do hospital militar de Tunis decidiu passar uns dias em Istambul para visitar o filho na prisão.
O médico aguardava a mulher, que também visitaria o filho, no saguão do aeroporto quando ocorreu uma das explosões.
Segundo o jornal francês Le Figaro, a Tunísia é um país que exporta jihadistas: mais de 6 mil pessoas deixaram o país para combater na Síria. As vítimas do atentado começaram a ser identificadas na quarta-feira.
Buscas dos suspeitos
A polícia turca deteve nesta quinta-feira (30) ao menos 13 pessoas, entre elas três estrangeiros. A rede americana CNN afirma que 22 pessoas já foram detidas. As forças da polícia de Istambul realizaram uma operação simultânea em 16 domicílios da cidade, indicou a agência pró-governamental Anadolu, segundo a France Presse.
Segundo a imprensa turca, os três terroristas procediam do Uzbequistão, Quirguistão e da república russa do Daguestão. A CNN afirma que provavelmente, eles teriam passado pela cidade de Raqqa, importante núcleo do Estado Islâmico.
O ministro do interior turco, Efkan Ala, afirmou que há evidências que indicam ligação do trio com a organização jihadista, segundo a Reuters.
Uma imagem das câmeras de segurança divulgada nesta quinta-feira (30) pelas autoridades turcas mostra um dos terroristas executando um policial à queima-roupa com uma pistola.