Operação Mantus | Juiz nega pedido de Arcanjo e líderes de organização criminosa 

Redação PH

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Operação Mantus | Juiz nega pedido de Arcanjo e líderes de organização criminosa 

O juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, negou o pedido de transferência do ex-comendador João Arcanjo Ribeiro e Noroel Braz da Costa Filho, apontados como líder e o braço-armado da organização criminosa Colibri, investigada na Operação Mantus. 

A decisão circula no Diário Oficial de Justiça desta segunda-feira (24). 

A operação, deflagrada no dia 29 de maio, investigou dois grupos – Colibri e FMC Ello – que, segundo o inquérito, disputavam entre si o comando do jogo do bicho em Mato Grosso. Conforme a Polícia Civil, Arcanjo e Noroel fazem parte do grupo de 33 pessoas presas na Operação.  

Os dois foram encaminhados para a Penitenciária Central do Estado (PCE), local com maior superlotação do Estado, por não possuírem ensino superior.  

Ao negar a transferência dos presos, o magistrado afirmou que não compete a ele determinar onde cada acusado deve ficar, mas à administração penitenciária conduzida pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp). 

“(…) Com essas considerações, indefiro o pedido de transferência formulado pelas defesas de Noroel Braz da Costa Filho e João Arcanjo Ribeiro, especialmente porque não cabe a este juízo interferir na administração penitenciária”, determinou o juiz. A ação corre em segredo de Justiça. 

A defesa de Arcanjo pediu para ele fosse encaminhado para o Centro de Custódia da Capital (CCC), presídio conhecido por ser um local menos insalubre. No pedido, a defesa alegou que o bicheiro está em idade avançada – 67 anos – e é ex-policial civil, devendo, por isso, ficar no CCC.  

Por se tratar de um processo sigiloso, a reportagem não acesso ao teor do pedido de Noroel. Na investigação, ele é apontado pela Polícia Civil como quem exerceria a função de braço armado do grupo Grupo Colibri. Conforme as investigações, ele já “integraria o sistema há mais de 30 anos”. 

Operação Mantus 

O suposto grupo comandado por Arcanjo teria também como líder o genro do bicheiro, Giovanni Zem. A operação ainda atingiu outra suposta organização, que seria liderada pelo empresário Frederico Muller Coutinho, a FMC Ello.  

Os dois grupos disputavam “acirradamente” o espaço do jogo do bicho no Estado, conforme a Polícia.  

Segundo o delegado Luiz Henrique Damasceno, a investigação começou em agosto de 2017, quando a Polícia Civil recebeu uma denúncia de um colaborador – que não quis se identificar – sobre a permanência e continuidade do jogo do bicho em Cuiabá.  

 No total, a operação cumpriu 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar. 

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