Número de mortes sobe para 300 no Sudão do Sul

Redação PH

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putin decide não expulsar diplomatas norte-americanos

Número de mortes sobe para 300 no Sudão do Sul

Os confrontos entre os partidários do presidente do Sudão do Sul e os defensores do vice-presidente se intensificaram na capital Juba no início da manhã desta segunda-feira (11). Segundo o último levantamento, cerca de 300 pessoas morreram, desde quinta-feira (7).

Testemunhas disseram à agência France Presse ter visto fortes explosões e uso de artilharia nesta manhã. Uma fonte diplomática ocidental confirmou à AFP que nos combates registrados durante a manhã no bairro de Tomping, perto do aeroporto, foram utilizadas armas pesadas.

O vice-presidente Riek Machar disse em sua conta no Twitter que suas forças foram atacadas por helicópteros do presidente Salva Kiir. “O presidente não está interessado na paz", declarou, segundo a Reuters.

Os Estados Unidos ordenaram nesta segunda a saída dos funcionários não essenciais de sua embaixada em Juba e pediu a cessação imediata dos combates entre os dois grupos, segundo a Efe. Uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU foi solicitada pelo país.

"Os Estados Unidos condenam categoricamente os combates de hoje em Juba", afirmaram os EUA em comunicado oficial. "Pedimos de novo aos dois líderes (o presidente, Salva Kiir, e o vice-presidente, Riek Machar) e a seus aliados políticos e comandantes que afastem imediatamente suas forças de mais combates, as devolvam a seus locais de origem e evitem mais violência e derramamento de sangue", diz a nota.

"Os Estados Unidos estão determinados a garantir que as medidas apropriadas sejam tomadas para que os responsáveis de continuar combatendo prestem contas, bem como os que violam a lei humanitária internacional, incluindo os ataques à missão das Nações Unidas no Sudão do Sul e as agressões a civis", acrescenta o Departamento de Estado.

Acirramento do conflito

Os confrontos entre tropas leais ao presidente Salva Kiir e ao vice-presidente Riek Machar, antigos rivais, começaram na quinta (7), após cinco militares do Exército, leais a Kiir, morrerem por tiros da guarda pessoal do líder da oposição, Machar, em um posto de controle.

Os dois políticos concederam entrevista coletiva juntos no sábado (9), mas não foi o suficiente para acalmar as facções até o momento. Jornalistas presentes à entrevista tiveram de se proteger no chão de tiros que ocorreram próximos ao local.

Na sexta (8), houve um tiroteio à noite perto da residência oficial, onde o presidente e o vice estavam reunidos para negociações. No domingo (10), a casa do vice-presidente foi atacada com o uso de tanques e helicópteros, duas vezes.

Os dois políticos disseram que não sabiam o que tinha provocado o confronto entre as suas facções e têm feito aparições públicas juntos pedindo calma, em uma tentativa de amenizar os conflitos no país sem sucesso.

O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir (ao centro), concede entrevista coletiva ao lado do vice, Riek Machar (Foto: Stringer / Reuters)

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