A queda na produtividade do milho vem sendo observada pelos produtores rurais de Mato Grosso nas últimas safras. Diversos pontos devem ser verificados para entender o problema e, entre eles, está a preocupação com o enfezamento do milho. A doença já vem causando sérios prejuízos na Bahia, Goiás e Minas Gerais, com redução de até 70% da produtividade.
Por isso, o Núcleo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) de Primavera do Leste promoveu nesta segunda (21), uma rodada de discussão com Sérgio Abud, pesquisador da Embrapa Cerrados. "Foquei na prevenção. O problema ainda não está instalado em Mato Grosso, então expliquei tecnicamente o que é a doença e como verificar se ela está na lavoura", diz Abud.
Para Jair Guariento, delegado coordenador do Núcleo, a hora é de prevenção. "Não temos o problema agora, mas é uma tendência de que ele ocorra. Se não nos anteciparmos, teremos problemas sérios, como tivemos com a ferrugem e outras doenças e pragas. Precisamos entender o que é e como prevenir", afirma.
Abud explica que o enfezamento é uma doença causada pelomolicitus,um organismo semelhante a uma bactéria que ataca os vasos condutores das plantas de milho, dificultando a circulação da seiva, o que causa distúrbio fisiológicos. Esse distúrbio permite a entrada de doenças de solo, causando o tombamento da planta. O inseto vetor é a cigarrinha do milho (Dalbulus maidis), que já está presente nas lavouras mato-grossenses.
O também pesquisador da Embrapa Cerrados, Charles de Oliveira, explicaneste vídeoque os sintomas aparecem na fase de produção e são espigas menores, grãos "xoxos", descoloração das folhas e plantas com tamanho reduzido. "Nenhuma medida tomada isoladamente é eficaz no combate desta doença. O combate ao inseto é apenas uma parte do problema", avisa o pesquisador.
Oliveira repassa algumas informações sobre manejo, como não fazer plantio novo de milho próximo a uma lavoura mais velha com alta incidência de enfezamento; sincronização de época de plantio na região para que ocorre o processo de diluição de população de cigarrinhas; diversificação e rotação de cultivares de milho; destruição de plantas voluntárias de milho, pois elas hospedam tanto doenças como a cigarrinha.
Nenhuma medida tomada isoladamente é eficaz iente no combate desta doença. O combate ao inseto é apenas uma parte do problema. O que o produtor deve estar atento realmente é com a doença, verificar na sua região como é o nível de incidência desta doença. Onde vc tem essa doença vc tem população de cigarrinahs infectivas e quando faz novo plantio, migram e infectam novo plantio.
Nunca fazer plantio novo de milho próximo a uma lavoura mais velha que tenha alta incidência de enfezamento, pq a cigarrinha vai migrar começando novo ciclo da doença. A segunda medida é oq eu a gente chama de sincronização da época de plantio. Se a gente tiver vários produtores com milo na mesma idade, deve ocorrer processo diluição de população de cigarrinhas e provavlemte problema . diversificação e rotação das cultivares de milho cultivadas. Plantas volutárias de milho elas hospedam tanto doenças como cigarrinha, então manejo é eliminar estas plantas voluntárias. Há também controle químicos, tem boa eficácia. Em áreas onde se faz plantio sucessivo do milho, é recomendado interrupção do plantio para quebrar ciclo da cigarrinha e do patógeno.
Manejo só vai funcionar quando totas as medidas forem tomadas em conjunto.
O enfezamento no milho é uma doença causada pormolicitus, um organismo semelhante a uma bactéria. A doença é o enfezamento pálido ou vermelho, que ocasiona redução na produtividade do milho. Vem causando sérios prejuízos na Bahia, Goiás e Minas Gerais.
Alguns híbridos chegam a reduzir a produtividade em até 70%.
O organismo ataca os casos condutores da planta, dificultando a circulação da seiva, o que causa distúrbio fisiológico na planta, reduzindo a produtividade. O distúrbio permite a entrada de doenças de solo, causando tombamento da planta.
O inseto vetor é a cigarrinha do milho (dalbulus maidis)
Em Mato Grosso, alguns híbridos já tem mudado o comportamento, por isso houve a preocupação do Núcleo da Aprosoja de Primavera do Leste. É possível que tenha enfezamento e ainda não se saiba. A cigarrinha já é presente na lavoura.
A principal atitude de prevenção é a redução da planta tiguera.