Nos 120 anos de Brasil-Japão, Wellington pede avanços na cooperação e comércio

Redação PH

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Nos 120 anos de Brasil-Japão, Wellington pede avanços na cooperação e comércio

Os 120 anos das relações diplomáticas entre Brasil e Japão, comemorados nesta quinta-feira, 12, em sessão especial do Senado Federal, foram tratados pelo senador Wellington Fagundes (PR-MT) como fruto de “um relacionamento altamente estratégico”. Em pronunciamento, ele manifestou expectativa de que a cooperação entre os dois países e os negócios bilaterais sejam ampliados ainda este ano com a liberação do comércio da carne bovina.

Em julho passado, Wellington integrou a Missão Brasileira que esteve no Japão para discutir o comércio agropecuário bilateral e também apresentar os potenciais de investimento estrangeiro no Programa de Investimento em Logística. “Dialogamos intensamente, pautados na empatia, reciprocidade, hierarquia, lealdade e respeito” – frisou o senador.

A presidente Dilma Rousseff fará em dezembro uma viagem ao Japão. Wellington disse esperar que ocorram passos significativos no avanço dessa relação comercial, “de fundamental importância para o nosso país e, sobretudo, para o meu Estado, que dispõe do maior rebanho bovino e uma planta industrial qualificada e capaz de atender a demanda de negócios”.

Com a presença de várias autoridades japonesas na sessão especial, entre os quais o embaixador Kumio Umeda, Fagundes destacou que o relacionamento entre Brasil e Japão “já há muito tempo deixou de ser meramente protocolar e pautado por interesses unilaterais”. Ele enfatizou a histórica cooperação em diversos segmentos entre os dois países e também os laços de amizade, estabelecidos a partir de 1895. Atualmente, o Brasil é considerado o país com a maior quantidade de descendentes de japoneses fora do Japão. Cerca de um milhão e meio de pessoas.

Wellington destacou a importância dos japoneses para Mato Grosso. Segundo ele, o Estado “testemunhou um importante salto qualitativo na forma de conceber e produzir bens, principalmente no campo”. Ele registrou a importância dos projetos de cooperação técnica, iniciados em meados da década de 70, que tornaram possível a produção, em larga escala, de grãos no nosso cerrado. “Se hoje somos um dos maiores produtores de soja do mundo, foi a partir dessa cooperação de grandes proporções que logramos alcançar os elevados patamares de produtividade” – enfatizou.

“Além da promoção de inovações tecnológicas, a cooperação japonesa ainda contribuiu para significativos saltos institucionais, como o uso da terra em forma cooperativa, essencial para o desenvolvimento do cerrado brasileiro. Nesse sentido, sua atuação ajudou a Embrapa a tornar-se uma referência mundial em pesquisa científica e na prestação de cooperação técnica para outros países em desenvolvimento” – ele acrescentou.

Na sessão, requerida pelo senador Hélio José (PSD-DF), outros parlamentares e convidados também enalteceram os vínculos políticos e econômicos construídos entre as duas nações, além dos laços culturais cada vez mais estreitos, que se evidenciam no Brasil pela absorção de tradições que vieram junto com os primeiros imigrantes nipônicos, ao fim do século passado.

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