Noivos pagam casamento vendendo trufas na rua e viralizam na web

Redação PH

Redação PH

Noivos pagam casamento vendendo trufas na rua e viralizam na web

No início deste ano, os paulistanos Caroline e Gustavo Benevides Monte chamaram atenção nas redes sociais por venderem trufas com um objetivo: casar. Meses depois, os dois viralizaram outra vez, agora com a tão sonhada cerimônia.

Noivos desde fevereiro deste ano, Caroline, de 20, e Gustavo, de 22, sabiam que precisariam aumentar a renda para conseguirem pagar pela festa de casamento e mobiliarem a casa, em São Paulo (SP).

Na época, Gustavo, que é promotor, estava desempregado e a noiva, que é designer e social media, trabalhava em uma pequena agência de marketing e ajudava a avó, a dona Marilda Benevides, fazendo doces e salgados para festa. Foi dela, a avó que veio a ideia que ajudaria o jovem casal: vender trufas na rua.

Tímidos, eles deixaram a ideia de lado por algum tempo, até que, devido àvontade de casar o mais rápido possível, decidiram arriscar. "Como somos cristãos, não queríamos demorar demais pra casar, então decidimos jogar a timidez de lado, encarar e ir pra rua", relembra Caroline em conversa com oportal da RedeTV!.

(Foto: Reprodução/Facebook)

Carregado de doces e usando plaquinhas com a frase "Nos ajude a casar", o casal foi para frente de uma estação de trem. "Como boa designer aspirante a marketeira, eu pensei que as plaquinhas chamariam atenção e faria vender mais", explica Carol, que acertou na previsão: em menos de 40 minutos, eles venderam as 25 trufas, a R$ 3 cada.

Desse dia veio a imagem que os deixou conhecidos na internet pela primeira vez. "Viralizou e chegamos a 9.400 curtidas na página, que tinha apenas 400, e 18 mil na foto", conta ela, acrescentando que o sucesso os motivou. "Como eu trabalhava fora, fazia as trufas de madrugada durante a semana. Aos sábados vendíamos o dia todo, debaixo de sol e chuva, andando pelas ruas e estações, e também aproveitando shows e eventos".

Determinados a juntar dinheiro, eles guardaram cada centavo adquirido com as vendas. E embora tenham saído apenas aos finais de semana (devido a algum compromisso ou à falta de verba para fazer novas trufas), lucraram cerca de R$ 6 mil.

Mesmo com lucro, os dois ainda precisaram usar parte do salário de Carol e tiveram a ajuda de muitas pessoas para realizarem o sonho de casar. "As trufas não pagaram o casamento todo, pois Deus preparou muitas pessoas para nos abençoar e ganhamos várias coisas, mas as vendas ajudaram muuuuuito!".

(Foto: Arquivo Pessoal/Rafael Mederi e Carol Sales)

Em 3 de novembro, eles oficializaram a união no civil e, no último dia 12, finalmente fizeram a cerimônia de casamento com amigos e familiares. "Na hora da festa eu só conseguia pensar 'finalmenteeee'". Foi um misto de alívio e gratidão", descreve. "Alívio por ver se concretizar algo que lutamos tanto pra conseguir, parecia tão distante e impossível e finalmente estava acontecendo. E gratidão a Deus por ter colocado pessoas incríveis para nos ajudar, sem Ele nada seria possível. Nossa família que não mediu esforços e sem eles não teria sido do jeito que foi, cada pessoa que comprou as trufas, que enviou mensagens de apoio, todo mundo que participou de alguma forma. Transbordou amor, paz e gratidão", completa.

Surpresa com o alcance da jornada dos dois, Caroline aconselha outros casais: "Não desistam do sonho de vocês, confiem em Deus e tenham foco no amor que sentem um pelo outro. E jamais deem atenção aos comentários negativos, gente amarga e invejosa tem de sobra. Lemos e ouvimos coisas horríveis e isso continua até hoje, mas o amor é bem maior que tudo isso e só isso importa".

Recém-casados, eles continuam comprando os móveis da casa e têm planos de voltar a vender doces. "Atualmente minha tia vende nossos bolos de pote na rua e em eventos, então a gente pretende entrar pra vender também os bolos, trufas e outros doces", cogita ela. "Dessa vez sem plaquinha".

(Foto: Arquivo Pessoal/Rafael Mederi e Carol Sales)

(Foto: Arquivo Pessoal/Rafael Mederi e Carol Sales)

+ Acessados

Veja Também