Nissan March e Versa ganham opção com câmbio automático

Redação PH

Redação PH

ford focus rs é eleito carro do ano 2017 e conquista prêmio de melhor motor nos eua

Nissan March e Versa ganham opção com câmbio automático

A Nissan finalmente adotou uma opção de câmbio automático para seus modelos compactos nacionais, com preços a partir de R$ 54.090 para o March, e R$ 57.990 para o Versa, que já começam a aparecer nas concessionárias.
Assim como no Sentra e no Altima, a opção foi um CVT (transmissão continuamente váriável, na sigla em inglês), que casou muito bem com o motor 1.6 de 111 cavalos da Nissan.
O descanso para o pé esquerdo custará R$ 4,8 mil a mais nas configurações SV e SL. Apenas a versão mais completa do Versa (Unique) perderá a opção manual para adotar o CVT em 100% dos carros com um custo menor (R$ 1.600).
Preços sugeridos do March 2017:
1.0 Conforto – R$ 38.790
1.0 S – R$ 41.690
1.0 SV – R$ 44.690
1.6 S – R$ 46.190
1.6 SV – R$ 49.290
1.6 SV CVT – R$ 54.090
1.6 SL – R$ 53.590
1.6 SL CVT – R$58.390
Preços sugeridos do Versa 2017:
1.0 Conforto – R$ 44.690
1.0 S – R$ 47.990
1.6 S – R$ 50.690
1.6 SV – R$ 53.190
1.6 SV CVT – R$ 57.990
1.6 SL – R$ 59.890
1.6 SL CVT – R$ 64.690
1.6 Unique CVT – R$ 66.290
Nissan March com câmbio CVT (Foto: Divulgação)
Como funciona?
O câmbio CVT é chamado de automático, mas na realidade não há troca de marchas. O sistema é composto por duas polias de diâmetro variável, ligadas por uma correia metálica – a primeira recebe o torque do motor, e a segunda transmite ao diferencial.
A tecnologia foi imaginada por Leonardo da Vinci, mas a ampla adoção em automóveis ocorreu apenas nas últimas décadas, por causa da preocupação com a economia de combustível. Como não há troca de engrenagem, os desperdícios são menores.
Com etanol, o March 1.6 registrou média de 7,8 km/l na cidade e 9,8 km/l na estrada, de acordo com os padrões do Inmetro. Com gasolina, ele faz 12 km/l na cidade e 15 km/l na estrada.
Em trecho de estrada entre São Paulo e Itatiba, o consumo instântaneo do March equipado com CVT chegou a marcar mais de 20 km/l.
Já o Versa obteve 7,8 km/l (cidade) e 10 km/l (estrada) com etanol, e 12 km/l (cidade) e 14 km/l (estrada) com gasolina, conforme medição do Inmetro.
Pontos negativos
A maior crítica ao CVT é a lentidão nas acelerações e retomadas. As últimas gerações, como esta adotada pela Nissan, já melhoraram essa "sonolência", mas o desempenho dificilmente será equiparado a um manual ou automático, com conversor de torque (tradicional) ou dupla embreagem (como o DSG).
A aceleração é mais linear, sem os trancos que dão aquela sensação de esportividade – exceto nos câmbios automatizados que dão mais tranco e são ainda menos "esportivos" do que o CVT.
Em um modelo compacto como o March 1.6, essa lentidão incomoda menos do que em sedãs maiores e mais pesados. No trecho de estrada em que o G1 teve as primeiras impressões, ele apresentou desempenho bastante satisfatório em ultrapassagens e certa agilidade nas retomadas.
Outro ponto negativo do CVT é o barulho, principalmente em trechos de subida e acelerações mais agressivas, em que a rotação fica lá em cima até o motorista aliviar o pé do acelerador.
Interior do Versa Unique CVT (Foto: Divulgação)
Adaptado ao Brasil
Embora seja importada do México, a nova caixa de câmbio do March e do Versa foi adaptada para as condições de uso no Brasil e também exigiu uma melhora no isolamento acústico dos modelos.
A engenharia da Nissan deu uma nova calibragem, trocou a correia por uma de maior contato, aumentou a rigidez da polia e otimizou o trabalho da bomba de óleo. Isso tudo reduziu o atrito e também ajudou no consumo.
Já o isolamento foi melhorado para conter os "berros" do CVT com material de maior densidade na cobertura interna do capô, instalação de para-brisa acústico e placas antirruído nos para-lamas, no painel e no console central.
Versa Unique sairá somente com o câmbio automático (Foto: Divulgação)
Novos consumidores
Com a opção de câmbio automático, a Nissan atende aos pedidos de possíveis interessados que já estão acostumados a não fazer trocas manuais de marcha.
Segundo a fabricante, 95% dos atuais donos de carros sem pedal de embreagem querem manter esse recurso no próximo carro. Outros 40% de futuros compradores de compactos também pensam em um automático em vez do manual.
Concorrência
A Nissan chega um pouco atrasada na disputa por este cliente, mas aparece com uma opção muito melhor que os automatizados da Volkswagen e Renault, que têm como vantagem apenas o preço – um Up! I-Motion 1.0 custa cerca de R$ 10 mil a menos e um Sandero 1.6 Easy-R fica abaixo de R$ 50 mil.
No entanto, existem outras opções mais em conta, como o Toyota Etios, que chegou às concessionárias em abril por R$ 47.490 (versão hatch X 1.3) e R$ 52.495 (hatch XS 1.5), com caixa automática de 4 velocidades.
O Etios Sedã automático (1.5) mais barato sai por R$ 6 mil a menos que o Versa 1.6 SV com CVT. Isto sem falar no Hyundai HB20 e no Chevrolet Prisma – ambos com preços similares aos da Nissan, mas com conversor de torque e 6 velocidades.

+ Acessados

Veja Também