Nilson Leitão diz que PT continua mentindo. Agora para evitar o impeachment

Redação PH

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Nilson Leitão diz que PT continua mentindo. Agora para evitar o impeachment

Prestes a encerrar o prazo de defesa da presidente Dilma Rousseff na comissão especial que analisa a admissibilidade ou não do processo de impeachment, o deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), enfrentou o batalhão de choque governista para desmontar a estratégia do planalto de usar programas sociais como o Bolsa Família, por exemplo, para justificar as pedaladas fiscais; base do pedido de impedimento que tramita na Casa.

Após a fala dos principais deputados da base de sustentação da presidente onde defenderam a legalidade dos atos assinados por Dilma, o parlamentar mato-grossense leu dados de uma planilha para provar que do montante das pedaladas, apenas uma pequena fração foi usada para manter em dia o benefício.

“Eles falam que todos esses recursos foram uma necessidade pra não deixar de atender aos programas sociais. É uma mentira deslavada. Dos R$ 57 bilhões das pedaladas fiscais, R$ 1,5 bilhão foram para o Bolsa Família – R$ 1,5 bilhão dos R$ 57 bilhões. R$ 22 bilhões foram para o BNDES. R$ 10 bilhões para o Fundo de Garantia, FGTS. Mais R$ 12 bilhões foram para o programa da safra agrícola e outros programas que foram custeados, que deveriam ser custeados pelo Tesouro Nacional. Deveria ser custeado com imposto arrecadado, mas não”, disse Nilson Leitão.

O parlamentar disse ainda que o que fez faltar dinheiro foram os desvios e a falta de gerência praticados no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), obras da Copa do Mundo e na Petrobras, levando o governo a buscar recursos para cobrir o rombo, em bancos públicos, o que configura crime de responsabilidade.

Nilson Leitão defendeu o impeachment da presidente dizendo que a população cansou do atual modelo de governo.

“O impeachment vai ocorrer porque a maior parte da população não aguenta mais o sofrimento de tanta mentira, de tanta corrupção, de tantos desmandos e tantos ataques à inteligência dos brasileiros”, finalizou.

Na mesma sessão, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, apresentou a defesa da presidente, um documento com cerca de 200 páginas em que sustentou que a tentativa de impedimento da presidente Dilma Rousseff é um golpe em andamento.

Com a defesa apresentada, cabe agora ao deputado Jovair Arantes (PDT-GO), relator da comissão especial, apresentar o relatório final, o que deve acontecer na quinta-feira, segundo o parlamentar. A ideia é que o texto esteja pronto para discussão e votação já na próxima segunda-feira, dia 11.

A previsão inicial é que a votação da admissibilidade ou não do impeachment vá a plenário no dia 14, quinta-feira da próxima semana.

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