Não faltam recursos para financiamento da safra

Sílvio Ávila - arquivo MAPA

Não faltam recursos para financiamento da safra

Ao analisar as principais ações da Secretaria dos últimos dois anos, no período 2016-2017, Wilson Vaz de Araújo disse que “sempre tivemos apoio do Governo para fazer política agrícola, nos garantindo tranquilidade para trabalhar as propostas”.

Vaz de Araújo assumiu o cargo em 6 de abril deste ano. Ele acredita que a identidade do ministro Blairo Maggi e de Neri Geller, ex-ministro da Agricultura e ex-secretário de Política Agrícola, com o agronegócio, com a produção agrícola, foi um diferencial importante para o bom êxito dos trabalhos da Secretaria.

“Maggi e Geller conhecem profundamente o agronegócio, já que têm experiências nos papeis de produtores rurais, de lideranças do setor produtivo, de executivos, de parlamentares e de usuários de políticas públicas”.

O planejamento da Secretaria opera com três instrumentos básicos que norteiam a Política Agrícola: financiamento da safra, custeio e investimentos.

O secretário explica que em nenhum momento houve escassez na oferta de recursos, tanto na safra 2016/2017 quanto na safra 2017/2018.

“Nesses dois anos houve recursos superiores às demandas dos produtores rurais nos programas de construção de armazéns, aquisição de equipamentos agrícolas e agricultura de baixa emissão de carbono (Plano ABC). Sem dúvida foi uma contribuição importante para conseguirmos as duas safras de maior volume. É claro que os produtores são capazes, alinharam suas tecnologias, mas o recurso para financiar a safra foi fundamental para obtenção de 230 milhões de toneladas de grãos.”

No apoio à comercialização, a Política Agrícola do MAPA também se fez presente na subvenção de preços ou de leilões e vendas em balcão de arroz e milho. Vaz de Araújo ressalta o avanço na oferta de Seguro Rural.

“Nesses dois anos foram alocados cerca de 1 bilhão e 200 milhões de reais, suficientes para alavancar 38 bilhões de reais de operações seguradas, em um montante de 15 a 16 milhões de hectares cobertos pelo seguro rural”.

A Secretaria trabalha estudos de projeções do agronegócio em conjunto com universidades, produtores rurais, empresas e departamentos econômicos de entidades do agronegócio. As projeções sempre sinalizam para um horizonte de dez anos. Vaz de Araújo está otimista quanto às perspectivas de crescimento da produção agropecuária.

“A última projeção que divulgamos – para o período 2026/2027 – indica o limite inferior de produção em 288 milhões de toneladas e o limite superior em até 340 milhões de toneladas. Há sinais crescentes de exportação para algodão, suínos, carnes em geral. Em tudo o que trabalhamos houve avanços expressivos nesses últimos dois anos: no seguro rural, no apoio à comercialização e no crédito, nos investimentos em infraestruturas produtivas. As respostas do setor produtivo são muito boas.”

O secretário Vaz de Araújo está consciente da impossibilidade de atender a todas as demandas de crédito.

“A demanda total de crédito é bem superior ao disponível, mas a alocação dos recursos no momento oportuno dá uma certa tranquilidade para o produtor fazer a sua safra. E também traz os custos efetivos de financiamento a patamares menores. O recurso que o produtor vai buscar no mercado é substancialmente mais caro do que a taxa do crédito rural”.

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