Multa a banco é revertida para a compra de cães farejadores do Vigiagro

Dez labradores irão atuar em aeroportos e também em postos de fronteira
Noaldo Santos Assinatura no Ministério Público. Documemto foi assinado pelo secretário de Defesa Agropecuária e pelo promotor

Multa a banco é revertida para a compra de cães farejadores do Vigiagro

Dez cães farejadores da raça Labrador, com valor de negociação total de R$ 155 mil, serão doados ao Vigiagro (Vigilância Agropecuária Internacional) pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, como resultado de um Termo de Ajuste de Conduta e homologação de acordo para pagamento de multa de empresa financeira condenada por irregularidades.

A iniciativa do acordo e da transferência do valor da multa para a compra dos animais foram do promotor de Justiça Paulo Roberto Binicheski.

Em seu despacho, ele considerou “que os cães são extremamente importantes para evitar a entrada de agentes nocivos em solo nacional, o que está de acordo com o princípio da saúde e segurança para o consumidor brasileiro”.

O documento de transferência foi assinado pelo promotor Binicheski, por Luiz Rangel, Secretário de Defesa Agropecuária, e pelo advogado representante da empresa financeira.

Os animais serão entregues ao Centro Nacional de Cães de Detecção (CNCD), localizado no Aeroporto Internacional de Brasília, pelo Canil Caraíbas, de Goiânia, empresa vencedora da Ata de Registro de Preços do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O Canil Caraíbas é fornecedor de animais adultos treinados para a Polícia Federal e Receita Federal.

“Esse acordo vai nos ajudar muito para o que o projeto de cães de detecção do Vigiagro avance com mais velocidade”, disse o coordenador-geral do Vigiagro, Fernando Mendes.

“Esses dez cães serão incorporados ao patrimônio do Ministério da Agricultura, passarão por um período de treinamento e depois serão deslocados para os principais aeroportos e também postos de fronteira do Brasil.”

Os animais não serão integrados à equipe do Vigiagro de uma só vez. Os três primeiros serão entregues entre 1º de outubro e 31 de novembro deste ano, adestrados para farejar substâncias e alimentos nocivos e, em seguida, vão auxiliar nas investigações no Aeroporto de Brasília.

Na fase seguinte, quando os treinadores os considerarem aptos, serão transferidos para atuar em outros aeroportos e postos de fronteiras. O período estimado para todo o treinamento é de seis meses.

Segundo o cronograma do acordo, os dois últimos cães serão entregues para adestramento em vigilância agropecuária em 31 de maio de 2021.

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