Mulheres tratam de demandas femininas da carreira no Corpo de Bombeiros

Mulheres tratam de demandas femininas da carreira no Corpo de Bombeiros
Apresentações e debates enriqueceram o encontro de bombeiras - Foto por: Augusto Pereira

Mulheres tratam de demandas femininas da carreira no Corpo de Bombeiros

O efetivo feminino do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso participou nesta terça-feira (25.06), em Cuiabá, de uma reunião para tratar de temas específicos das mulheres da corporação. O evento coincidiu com a proposta da Coordenação de Saúde e Segurança da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso (Sesp) de criar um momento para as mulheres falarem de carreira e maternidade.

A programação contemplou as duas propostas com a abertura da tenente-coronel Luciana Bragança e o depoimento da sargento BM Miracy Xavier, falando sobre o desafio da maternidade e a carreira no Corpo de Bombeiros Militar. Também foi abordado um tema atual que é a mudança do acesso à reserva remunerada com a proposta de reforma da previdência apresentada ao Congresso Nacional. Apesar de haver poucas mudanças para os militares, a nova proposta aumenta o tempo de contribuição para elas. O tema foi abordado pela tenente-coronel Fernanda, da Polícia Militar de Mato Grosso, assessora jurídica da Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar de Mato Grosso (Assof).

A carreira de bombeiro militar não tem muitas diferenças para homens e mulheres, o cumprimento de tarefas é requisito para ambos os gêneros durante os cursos de formação. Mas adequações são necessárias na estrutura e no regimento para que o efetivo seja misto. É preciso haver alojamentos separados e é necessário que o regimento comtemple necessidades naturais, como as relacionadas à maternidade.

A major Pryscilla Machado, comandante adjunta do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, destacou que o espaço existe e precisa ser ocupado com respeito ao regimento. São 90 mulheres na corporação, a legislação garante 10% das vagas para as mulheres, mas agora são apenas 6%. “Com o tempo, chegaremos aos 10% do total do efetivo, é preciso que elas batalhem por qualificação, melhorem as condições de trabalho, porque quando cheguei, outras já tinham feito isso por mim”, destaca a major.

Eder Salvaterra, coordenador de Saúde e Segurança da Sesp, afirmou que foi uma feliz coincidência já haver um evento nesse formato planejado. A intenção era criar um ambiente descontraído de homenagem às mães da segurança pública, mas se contribuiu para uma reunião mais ampla é excelente. A TC Luciana Bragança conta que ficou muito satisfeita com a participação já que a informalidade do evento facilita a troca de experiências. “Essa é uma reunião de mobilização para a preparação de um encontro estadual de bombeiras que pretendemos realizar em outubro”. O evento com participação de cerca de 40 militares femininas contou com o apoio do Comando Geral do CBMMT.

+ Acessados

Veja Também