Mulher filma namorado sendo morto pela polícia nos EUA

Redação PH

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Mulher filma namorado sendo morto pela polícia nos EUA

Os últimos momentos de vida de um homem negro baleado pela polícia nos Estados Unidos foram gravados em um vídeo visto por dois milhões de pessoas nesta quinta-feira, enquanto as autoridades federais abriam uma investigação por outro caso similar de suposta brutalidade policial.

O homem, de 32 anos e identificado por sua família como Philando Castile, funcionário de um refeitório escolar, morreu na noite de quarta-feira após uma blitz na cidade de Falcon Heights, no estado de Minnesota, indicou a polícia.

Outro negro foi abatido pela polícia na terça-feira na Louisianna (sul), em um incidente que também foi gravado em vídeo e que provocou protestos irados.

Os procedimentos policiais já foram alvos de críticas nos Estados Unidos no passado após a morte do jovem negro Michael Brown, abatido por um tiro de um agente branco em 2014 em Ferguson, Missouri. Casos similares ocorreram em Chicago (Illinois) e Baltimore (Maryland).

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O vídeo

A namorada de Philando Castile gravou com o telefone celular os últimos momentos do homem depois de ser baleado. Sua filha pequena também estava no carro.

“Meu Deus, não me digam que morreu, não me digam que meu namorado foi embora assim… Foi atingido por quatro tiros, senhor”, afirma a mulher no vídeo, divulgado ao vivo no Facebook Live e visualizado quase dois milhões de vezes.

No vídeo é possível ver o homem agonizando no banco do motorista com manchas de sangue na blusa

Na gravação, a mulher, que se identifica como Lavish Reynolds em sua página do Facebook, explica que seu namorado estava procurando os documentos quando o policial atirou.

Castile tinha porte de arma de fogo, e estava procurando sua licença e os documentos do veículo quando a polícia atirou, segundo ela.

A polícia, por sua vez, disse que a morte estava sendo investigada e que no lugar do incidente foi encontrado um revólver.

“Castile estava tentando tirar seu documento de identidade e sua carteira do bolso. Disse ao agente que tinha uma arma de fogo e que ia pegar sua carteira, e então o policial atirou no seu braço”, disse Reynolds no vídeo.

Segundo ela, o agente, que ainda não foi identificado, era “chinês”. Também explica que o veículo foi parado por uma luz de farol queimada, e que havia maconha no carro.

No vídeo é possível ver o homem agonizando no banco do motorista e o policial apontando a arma contra ele, do outro lado da janela.

“Eu disse a ele para não pegá-la. Falei para colocar as mãos para o alto!”, grita o policial no vídeo.

No Facebook foi criada uma página intitulada “Justiça para Philando Castile”, na qual se lia: “Philando Castile morreu pelas mãos da polícia no dia 6 de julho de 2016. Exigimos justiça”.

Perto do fim do vídeo, de 10 minutos de duração, a filha de Reynolds, de quatro anos, tenta tranquilizar a mãe aterrorizada.

“Esta tudo bem, mamãe”, diz a menina. “Está tudo bem, estou aqui com você”.

Protestos na Louisianna

O governador da Louisianna, John Bel Edwards, anunciou na quarta-feira uma investigação federal depois que a polícia matou na véspera um homem negro em Baton Rouge, a capital do estado, provocando protestos indignados. O incidente também foi filmado com um telefone celular e divulgado na internet.

Os distúrbios em Baton Rouge começaram pouco depois que dois policiais mataram a tiros Alton Sterling com disparos à queima-roupa no peito na madrugada de terça-feira, em um incidente que foi presenciado por muitas testemunhas.

Sterling, de 37 anos, vendia cds fora de uma loja e sua morte provocou grandes protestos.

Um vídeo gravado por testemunhas e divulgado online mostra um oficial correndo atrás de um homem negro alto e magro, antes que outro agente o ajudasse a imobilizá-lo no chão e depois disparasse à queima-roupa quatro vezes.

Veja abaixo (atenção, o conteúdo pode ser considerado forte):

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