Mulher desiste de fazer doação para menina com câncer ao descobrir que ela é filha de lésbicas

Mulher desiste de fazer doação para menina com câncer ao descobrir que ela é filha de lésbicas
Reprodução/Go Fund Me

Mulher desiste de fazer doação para menina com câncer ao descobrir que ela é filha de lésbicas

Um casal de mães afirma ter recebido uma demonstração de homofobia ao pedir doações para o tratamento da filha delas, a pequena Callie, de dois anos, que está enfrentando um câncer. Ao divulgarem a “vaquinha”, elas receberam uma mensagem de alguém que dizia ter desistido de ajudar a criança porque ela é filha de duas mulheres.

Moradoras de Cincinnati, em Ohio (Estados Unidos), as mães Tiffany e Albree Shaffer descobriram no final do ano passado que a filha tem neuroblastoma avançado, um tipo de câncer que se desenvolve principalmente em crianças com menos de cinco anos de idade e pode surgir em várias partes do corpo.

Para conter a doença, a menina precisa se submeter a 18 meses de quimioterapia e radioterapia, além de passar por um transplante de medula óssea e a cirurgia para retirar o tumor assim que possível.

Sem condições de bancar o tratamento, a família criou uma campanha de financiamento online para pedir doações e ficou surpresa ao receber a mensagem de ódio via inbox no Facebook.

“Minhas orações para a Callie. Eu ia doar US$ 7,6 mil (cerca de R$ 29 mil) para ela, mas descobri que ela é filha de lésbicas, então escolhi fazer uma doação para St. Jude (hospital infantil) devido a esse fato”, escreveu a mulher, identificada como Bren Marie. “Desculpe, ainda vou rezar por ela, mas talvez seja a maneira de Deus de chamar sua atenção que ela precisa de uma mamãe e um papai, não duas mamães”.

As mães repercutiram a mensagem e lamentaram na página criada na rede social para dar notícias sobre o tratamento da filha. “Essa é uma menina muito doente, que está correndo risco de morte. Alguém realmente mandar isso para a minha família é totalmente nojento. Independentemente de como você se sente, não diga uma palavra. O que Callie precisa é de amor e apoio, não ódio e miséria”, postaram.

Em entrevista à emissora NBC News, Albree disse que tentou não ficar chateada, mas que é difícil. “Eu não pude acreditar que ela nos encontrou para dizer isso diretamente. Ela poderia simplesmente não ter doado e ignorado a página”, lamentou.

Com meta de arrecadar US$ 100 mil (cerca de R$ 393 mil), as mães receberam até agora US$ 85 mil (ou R$ 334 mil) para o tratamento da menina. Elas ainda são mãe de Tyler, de sete anos, que foi diagnosticado com autismo.

(Foto: Reprodução/Facebook)

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