MT tem segundo maior renda média e menor taxa de desemprego do Centro-Oeste

Redação PH

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MT tem segundo maior renda média e menor taxa de desemprego do Centro-Oeste

Divulgada nesta quinta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o último levantamento trimestral sobre rendimento e mercado de trabalho no país revelou dados positivos da economia mato-grossense, colocando o estado como dono da menor taxa de desemprego e com a segunda maior renda média da região Centro-Oeste, entre outros.

Os números são baseados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, realizada periodicamente para monitorar a inserção da população no mercado de trabalho. Foram coletadas informações em 3.464 municípios brasileiros.

Renda média

Segundo o levantamento, a renda média da população brasileira no primeiro trimestre de 2015 (de janeiro a março) ficou em R$ 1.840. O valor está acima da renda média da população mato-grossense registrada no período, de R$ 1.820 – a oitava no país.

A média local, entretanto, superou a renda calculada em Goiás (R$ 1.787) e em Mato Grosso do Sul (R$ 1.736), sendo superada apenas pela registrada no Distrito Federal (R$ 3.046), que lidera o ranking neste quesito no país inteiro.

Devido à condição de capital, o Distrito Federal concentra funcionalismo público e serviços que produzem discrepância na liderança nacional no aspecto do rendimento. Em relação ao segundo colocado, o estado de São Paulo (que ficou com um rendimento médio de R$ 2.401), a diferença entre as rendas médias é maior que 26%. Já a pior renda média observada no país foi a do Maranhão, com apenas R$ 946.

Apesar do bom posicionamento em relação aos vizinhos do Centro-Oeste, Mato Grosso não obteve tão bom desempenho em relação aos meses anteriores no rendimento médio da população. Enquanto no Brasil inteiro houve estabilidade na renda (aumento de apenas 0,8% em relação ao último trimestre de 2014), em Mato Grosso houve queda de 1,03%. O rendimento médio atual da população mato-grossense só não está pior que o registrado no segundo e no quatro trimestres de 2012, quando variou de R$ 1.778 a R$ 1.795.

Desemprego

Segundo o levantamento, a proporção de pessoas desempregadas em Mato Grosso ficou abaixo da média nacional. Chamado de taxa de desocupação, o desemprego atingiu média de 7,9% da população brasileira no primeiro trimestre de 2015, segundo o IBGE.

Na região Centro-Oeste, a média foi de 7,3%. Já em Mato Grosso, esta média ficou em apenas 5,7%, sendo superada apenas pelos estados de Santa Catarina (3,9%), Rondônia (4,4%), Paraná (5,3%) e Rio Grande do Sul (5,6%).

Os vizinhos da região Centro-Oeste tiveram números menos otimistas em relação ao desemprego. O Distrito Federal, por exemplo, saltou acima da média nacional e registrou 10,8% no período, sendo seguido pelos 7% de Goiás e pelos 6,4% de Mato Grosso do Sul.

Assim como no rendimento médio, a taxa de desemprego registrada no primeiro trimestre em Mato Grosso pode ter sido um número positivo na comparação com os demais estados do país e da região, mas não é o melhor desempenho do estado na história recente.

Segundo o IBGE, a atual taxa de desemprego de Mato Grosso só não supera a do primeiro trimestre de 2012, que atingiu 6,6% da população, conforme a PNAD. Nos demais períodos, o estado vinha apresentando taxas que chegaram a apenas 3,7%.

Ocupação

Já o nível de ocupação (a proporção de pessoas ocupadas em relação à população em idade para trabalhar) em Mato Grosso ficou acima da média nacional. No estado, 61,6% da população com idade para trabalhar está ocupada, nível que superou a média nacional de 56,2% e ficou em segundo no país, atrás apenas de Santa Catarina (com 61,7% da população apta a trabalhar em atividade).

Na região Centro-Oeste, depois de Mato Grosso o melhor nível de ocupação registrado no primeiro trimestre foi de Goiás (60,5%), seguido por Mato Grosso do Sul (60,4%) e Distrito Federal (58%).

Mais uma vez, os números mostram desempenho superior de Mato Grosso no cenário nacional e local, mas não necessariamente imune à desaceleração do crescimento econômico. O nível de ocupação do estado vem sofrendo redução desde o segundo trimestre do ano passado, tendo já caído sete pontos percentuais, aproximando-se dos níveis de 2012, quando chegou a registrar taxa de ocupação de 60,5%.

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