Durante uma investigação sobre trabalho escravo de imigrantes chineses, agentes do MPT (Ministério Público do Trabalho) encontraram carne que seria de cachorro congelada em uma pastelaria do Rio. O caso foi parar no noticiário internacional. De acordo com o site britânico Daily Mail, os cães teriam sido mortos a pauladas e a carne seria usada para fazer pastéis.O MPT (Ministério Público do Trabalho) enviou a carne para análise para que possa ser comprovada se realmente seria de cachorro.
Segundo o site, o proprietário do estabelecimento também seria o dono de uma pastelaria em Copacabana, zona sul do Rio, que mantinha três chineses em condições análogas à escravidão. Ao contrário dos trabalhadores brasileiros, eles não tinham carteira de trabalho, direito à folga e salário. O MPT (Ministério Público do Trabalho) do Rio de Janeiro chegou até o local após uma denúncia anônima.
Junto com o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), agentes do MPT inspecionaram o estabelecimento para regularizar a situação dos estrangeiros. Eles deveriam receber um salário de R$ 1.000, mas o pagamento era retido pelos donos da lanchonete, que também eram chineses. Além de dividir as camas com o estoque de alimentos, havia cadeados no local.
O promotor do trabalho Marcelo José destaca que os empregadores evitam expor os trabalhadores no estabelecimento.
— Esses trabalhadores nunca atendem no balcão, sempre ficam no interior dos estabelecimentos para que não tenham contato com os clientes.
Os donos da pastelaria concordaram em pagar as verbas rescisórias e regularizar a situação trabalhista dos imigrantes, caso eles quisessem continuar trabalhando no local. Os jovens receberam CPF, carteira de trabalho e abriram uma conta para receber os valores. A pastelaria se comprometeu, ainda, a depositar o Fundo de Garantia aos jovens.