Apoio psicológico e social, profissionalização, palestras, filmes e oficinas são alguns dos recursos que serão utilizados pelo Ministério Público para intervir, esclarecer e encorajar os recuperandos do regime semiaberto e presos beneficiados com medidas cautelares diversas da prisão. Denominado “Segunda Chance”, O projeto parte do princípio de que “o ser humano não é capaz de oferecer aquilo que ele não possui, e de que ele não possui aquilo que ele não recebeu”.

“Através de testes específicos, a serem aplicados por um profissional competente, pretendemos traçar um diagnóstico de personalidade dos indivíduos que serão contemplados com o projeto. A partir daí, haverá o direcionamento ao acompanhamento e encaminhamento de cada preso às atividades propostas”, explicou o promotor de Justiça Adriano Roberto Alves.

Além da profissionalização e da realização de atividades de apoio, o projeto prevê o apadrinhamento. “Baseado em projetos já existentes na Europa, o apadrinhamento consiste no acompanhamento de cada reeducando e dos beneficiários de medidas cautelares diversas da prisão. O padrinho deverá oferecer suporte emocional, bem como servir de apoio nas necessidades que se julgarem necessárias, de modo que cada participante se sina mais forte e preparado para enfrentar os desafios da vida em sociedade”, diz o projeto.

O “padrinho”, conforme os idealizadores da iniciativa, deverá ser uma pessoa idônea e voluntária devidamente estruturada socialmente, que não tenha outros interesses, a não ser o de servir como instrumento para o bem estar do outro. “Esses padrinhos serão arregimentados do meio social, clube de serviços, igrejas, associações e organizações não governamentais e treinados para atender ao público alvo”, esclareceu o promotor de Justiça.

O projeto “Segunda Chance” foi elaborado pelo promotor de Justiça Adriano Roberto Alves em parceria com as psicólogas Sureia Barbosa e a Assistente Social Renata Correia