O piloto britânico Justin Wilson, 37, morreu nesta segunda-feira em um hospital da Pensilvânia, nordeste dos Estados Unidos, após permanecer em estado crítico durante várias horas em consequência de um acidente ocorrido no domingo no GP de Pocono da IndyCar.
"Este é um dia imensamente triste para a IndyCar e a comunidade dos esportes com motor em seu conjunto", disse Mark Miles, chefe executivo da categoria.
Justin Wilson sofreu um trauma na cabeça com peças que se soltaram do carro do americano Sage Karam, que bateu durante as últimas voltas no "Tricky Tiangle" do Pocono Raceway.
É o primeiro acidente mortal na modalidade desde aquele que tirou a vida do também britânico Dan Wheldon, campeão de IndyCar em 2005, no circuito de Las Vegas.
O mundo do automobilismo também perdeu outro piloto no mês passado, o francês Jules Bianchi, que faleceu depois de nove meses em coma, em consequência do grave acidente que sofreu no Grande Prêmio do Japão de Fórmula 1.
Homenagens
"A habilidade especial de Justin para pilotar um carro de corrida só foi igualada por sua bondade inquebrantável, seu caráter e sua humildade, que o converteram em um dos mais respeitados da indústria das corridas. Vamos assegurar que a família de Justin receba todo o apoio que necessita neste momento difícil", disse Miles.
Wilson, piloto da Andretti Autosport, estava em coma desde o momento do acidente.
Nascido em Sheffield, Inglaterra, Wilson obteve sete vitórias nas categorias CART e IndyCar, a mais recente em 2012, no Texas Motor Speedway.
Wilson pilotou na Fórmula 1 em 2003, pela Minardi e Jaguar, e pontuou no GP dos Estados Unidos no Indianapolis Motor Speedway. Foi o piloto mais alto da história a guiar um carro de F1 (1,93 m).
Ele deixa a mulher, Julia e duas filhas
Várias personalidades do mundo do automobilismo homenagearam o britânico, entre elas Nigel Mansell, campeão de F1 em 1992, que também atuou na Indy, ou Danica Patrick, estrela da modalidade.
"Que dia triste. Justin era um homem bom. Um grande homem. Tive o prazer de conhecê-lo e oro pela sua família", postou a musa americana do IndyCar no Twitter.
"Acho que está na hora de procurar soluções para melhorar a segurança na Indy. Os pilotos precisam se reunir para encontrar ideias", disse o ex-piloto americano de F1 Eddie Cheever.
"A segurança é um trabalho sem fim, e, no passado, a IndyCar já fez um bom trabalho. Mas agora, vão ter que trabalhar ainda mais do que no passado", completou.
