Montadoras expressam preocupação com saída do Reino Unido da UE

Redação PH

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Montadoras expressam preocupação com saída do Reino Unido da UE

Montadoras expressaram preocupação com a maioria dos votos para saída do Reino Unido da União Europeia, após o referendo realizado na última quinta-feira (23). A possibilidade é de que muitas condições de distribuição no mercado europeu tenham de ser renegociadas. Atualmente, os países que integram o bloco desfrutam de livre comércio.
Especialistas dizem, no entanto, que a transição deverá demorar 2 anos para ser concluída.
"Este não é um bom dia para a Europa, ao meu ver, e, certamente, para o Reino Unido", disse Dieter Zetsche, presidente-executivo da Daimler, dona da Mercedes-Benz. "Geograficamente, o país pode ser uma ilha, mas politicamente e economicamente, não é."
A também alemã BMW, que produz carros na Inglaterra pela marca Rolls Royce, disse que nada muda imediatamente na operação local, mas alertou para um período de incertezas.
"Não sabemos o que (a saída da UE) vai significar para nossas operações no Reino Unido até que as regras sejam definidas", disse a marca, em comunicado.
As ações da indiana Tata Motors, dona do grupo britânico JaguarLand Rover, o que mais produz no Reino Unido, caíram 12% nesta sexta (24). O mercado europeu responde por 20% das vendas de carros do grupo. A montadora diz que seguirá comprometida com todas as suas decisões de investimentos.
Joe Eberhardt, presidente da Jaguar Land Rover na América do Norte, demonstrou preocupação com os efeitos da saída da UE. "Primeiramente, teremos um impacto de curto prazo na moeda (libra). Minha maior preocupação é com o longo prazo. As empresas exportadoras vão ter que pagar taxas porque não são parte do tratado de comércio da União Europeia. Isso não será bom para nós", disse à rede americana NBC.
A Opel, braço europeu da General Motors, afirmou que, para a marca Vauxhall, da qual é proprietária e que está baseada no Reino Unido, era importante a permanência na Área Econômica Europeia, para permitir o movimento livre de produtos e de pessoal pela Europa.
A área é aberta a todos os membros da União Europeia e também a alguns não-membros, como Suíça, Noruega e Islândia, por meio da Associação de Livre Comércio europeia.
Dona de 3 fábricas no Reino Unido, onde produz motores e transmissões, a Ford afirmou que não prevê mudanças imediatas nos planos de investimento, mas fará o que for preciso para que seus negócios na Europa continuem competitivos.
A marca de luxo inglesa Aston Martin pediu que o governo britânico assegure isenção de impostos de exportação para mercados europeus. O presidente-executivo Andy Palmer afirmou que a empresa vai orientar seus negócios segundo o contexto da "volatilidade do mercado que pode ocorrer durante o período de transição".

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