Mobilização para vacinação contra sarampo continua em todo país

Agência Brasil

Mobilização para vacinação contra sarampo continua em todo país

Uma picadinha no braço e pronto. João Gabriel de um ano e três meses já ficou protegido contra o sarampo. Jânio dos Santos e o filho João Gabriel O pai dele, Jânio dos Santos da Silva, sabe que a vacina é mais uma dose de cuidado com o filho. “É importante porque as nossas crianças são os bens mais preciosos que nós temos. Então, hoje você dá uma vacina nele, dá uma picadinha, dói um pouquinho, mas é muito melhor do que ele pegar de fato esta infecção e aí seria um cenário muito pior, inclusive com risco de vida”, avaliou.

No calendário vacinal do ministério da Saúde são duas doses contra o sarampo. A primeira dose quando a criança completa um ano e a segunda aos 15 meses. Por conta do aumento de casos em alguns estados, a pasta criou a chamada dose zero (dose extra), recomendável para bebês de seis meses a menores de um ano.

Se a pessoa não tomou a segunda dose da vacina e tem até 29 anos, a recomendação e vacinar-se pela segunda vez. Já se não tomou nenhuma dose e tem entre 30 e 49 anos, o recomendável é tomar uma dose.

Neste ano, a maior incidência de sarampo ocorre em São Paulo (96% das ocorrências), mas outros vinte estados estão na lista de transmissão ativa da doença. Ao todo nos últimos três meses foram confirmados 6.192 casos de sarampo, com 13 óbitos no país, sendo sete em menores de cinco anos de idade, dois na faixa etária entre 20 a 39 anos e quatro em adultos maiores do que 40 anos.

O secretário Nacional de Vigilância em Saúde do ministério da Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, informou que existem 23 genótipos diferentes de sarampo, que podem levar a manifestações e circulações diferentes da doença ao redor do mundo, e que a infestação em São Paulo se deve a dois motivos: o vírus vindo de fora do Brasil e a cobertura vacinal abaixo do preconizado pelo governo.

“A ocorrência de casos em São Paulo está relacionada a baixa cobertura vacinal ou a cobertura menor do que 95% de forma heterogênea. Então, pra nós evitarmos a reintrodução do sarampo, nós temos que ter uma cobertura elevada, mas homogênea em todas as regiões do município e do estado”, informou.

O ministro da Saúde, Luis Henrique Mandetta, fez um alerta: “Quando uma criança está sem vacinar é um ato de negligência, é um ato de violência contra aquela criança”, disse. “O que está ocorrendo em São Paulo que sirva de alerta para outros estados, porque eles têm nesta campanha a chance de salvar vidas e bloquear, já que o vírus do sarampo ele tem um alto poder de transmissão”, defendeu.

Cobertura Vacinal

No último sábado (19) ocorreu em todo o país do Dia D de vacinação contra o sarampo. A mobilização foi para crianças entre 6 meses a menores de cinco anos de idade. Nesta faixa etária a campanha teve início em 7 de outubro e vai se estender até esta sexta-feira, (25).

Segundo o ministério da Saúde, o balanço parcial da campanha nacional de vacinação contra o sarampo apontou que 88% das crianças entre 1 e 2 anos receberam pelo menos uma dose da vacina contra a doença.

Entre os dias 18 e 30 de novembro ocorre a segunda fase da campanha nacional de vacinação para um público entre 20 e 29 anos, que não têm a carteira de vacinação atualizada.

A meta do ministério da Saúde é vacinar 2,6 milhões de crianças e 13,6 milhões de adultos neste ano. Para isso o ministério adquiriu 60,2 milhões de doses da tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, em 2019.

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