Ministro da Saúde diz ter mandado ‘carta pessoal’ a atletas desistentes

Redação PH

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Ministro da Saúde diz ter mandado ‘carta pessoal’ a atletas desistentes

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou nesta terça-feira (12) que enviou "cartas pessoais" a atletas olímpicos que declararam, nos últimos dias, que não viriam aos Jogos do Rio 2016 por medo de doenças como a dengue e o vírus da zika. Segundo ele, a ideia é "transmitir segurança" aos competidores e garantir a presença do maior número de esportistas no evento.

"Temos pouquíssimos atletas que estão anunciando que não pretendem vir. Tenho mandado cartas pessoais, minhas, a todos eles, pedindo reconsideração, como tenho mandado, também, cartas de agradecimento a muitos atletas e técnicos que estão recomendando que todos venham", disse o ministro.

A declaração foi dada após reunião com representantes diplomáticos de 80 dos 200 países que devem participar da competição. Eles puderam tirar dúvidas sobre os protocolos de saúde e segurança e saíram do encontro com um pedido do governo, de espalhar a "sensação de segurança" ao público.

"O nosso objetivo é que eles recomendem aos seus atletas, técnicos e turistas que compareçam aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro", diz o ministro. Segundo ele, os procedimentos referentes a atletas e delegações são de responsabilidade do Comitê Olímpico Internacional (COI), que contratou equipe médica especializada e complementar para atender a esses grupos.

Na visão do ministério, a estrutura oferecida pela União, pelo estado e pela prefeitura do Rio será voltada a atender os turistas e moradores da capital durante os Jogos. Barros voltou a afirmar que o risco de contágio de turistas e competidores pelas doenças transmitidas peloAedes aegypti– dengue, chikungunya, zika e febre amarela.

"Os atletas, em especial, têm baixíssimo risco porque recebem um tratamento especial da Cidade Olímpica, têm roupas especiais, repelentes, preservativos, uma atenção especial patrocinada pelo próprio COI, além de serem pessoas muito saudáveis", disse Barros.

Risco baixo para turistas

O ministro disse ainda que, estatisticamente, a chance de um turista contrair os vírus transmitidos pelo Aedes é "inferior a um [caso]". "Na Copa do Mundo, tivemos 1,4 milhão de turistas e só três pegaram dengue. Então, nós devemos ter 500 mil turistas estrangeiros nas Olimpíadas, e menos de um é a probabilidade", disse.

O ministério estima que cerca de 20 mil atendimentos médicos e 700 remoções sejam feitas durante a Rio 2016. De acordo com a pasta, o número foi estimado baseado em outros grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014, em que apenas 0,2 % dos participantes precisaram de algum tipo de atendimento fora das arenas. A estimativa internacional é que entre 1% e 2% do público em eventos de massa necessite de algum cuidado médico e apenas 0,2% a 0,5% tenha necessidade de transferência para serviços de maior complexidade.

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