O Ministério da Saúde e os estados confirmaram 1.326 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita em todo o país. Os dados são até o dia 7 de maio e fazem parte do Informe Epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (11). O boletim reúne as informações encaminhadas semanalmente pelas secretarias estaduais de saúde.
No total, foram notificados 7.438 casos suspeitos desde o início das investigações, em outubro de 2015, sendo que 3.433 permanecem em investigação. Outros 2.679 foram descartados por apresentarem exames normais, ou por apresentarem microcefalia e ou malformações confirmadas por causa não infecciosas ou não se enquadrarem na definição de caso.
Em todo o Brasil, os 1.326 casos confirmados ocorreram em 484 municípios, localizados em 25 unidades da federação. Não existe registro de confirmação apenas nos estados do Acre e de Santa Catarina. Desses casos, 205 tiveram confirmação por critério laboratorial específico para o vírus Zika. O Ministério da Saúde, no entanto, ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.
No mesmo período, foram registrados 262 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto) no país. Destes, 56 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 174 continuam em investigação e 32 foram descartados.
O Ministério da Saúde ressalta que está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados, e a possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.
A pasta orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.
Distribuição dos casos notificados de microcefalia por UF, até 7 de abril de 2016
Regiões e Unidades Federadas
Casos de Microcefalia e/ou malformações, sugestivos de infecção congênita
Total acumulado1de casos notificados de 2015 a 2016
Em investigação
Confirmados2,3
Descartados4
Brasil
3.433
1.326
2.679
7.438
Alagoas
77
64
147
288
Bahia
648
237
189
1.074
Ceará
231
90
157
478
Maranhão
93
116
42
251
Paraíba
344
119
410
873
Pernambuco
582
351
997
1.930
Piauí
23
74
63
160
Rio Grande do Norte
265
106
50
421
Sergipe
156
33
42
231
Região Nordeste
2.419
1.190
2.097
5.706
Espírito Santo
91
10
36
137
Minas Gerais
48
3
55
106
Rio de Janeiro
295
47
92
434
São Paulo
163a
8b
103
274
Região Sudeste
597
68
286
951
Acre
20
0
17
37
Amapá
4
4
1
9
Amazonas
10
4
4
18
Pará
28
1
0
29
Rondônia
4
4
6
14
Roraima
10
8
6
24
Tocantins
110
5
21
136
Região Norte
186
26
55
267
Distrito Federal
1
5
34
40
Goiás
66
14
51
131
Mato Grosso
121
15
78
214
Mato Grosso do Sul
2
2
14
18
Região Centro-Oeste
190
36
177
403
Paraná
4
4
25
33
Santa Catarina
2
0
3
5
Rio Grande do Sul
35
2
36
73
Região Sul
41
6
64