Microcefalia: prevenção contra mosquito é fundamental

Redação PH

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Microcefalia: prevenção contra mosquito é fundamental

Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade explica que situação ainda precisa ser esclarecida, mas que medidas preventivas continuam válidas, principalmente com a chegada do verão

Segundo o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde na última terça-feira (24), o número de casos notificados como suspeitos de microcefalia já chega em 739, afetando um total de 160 cidades em nove estados do País. Conforme aponta o ministério, o maior número de ocorrências ocorreu em Pernambuco, com 487 casos, seguido de Paraíba (96), Sergipe (54) e Rio Grande do Norte (47). A principal hipótese trabalhada pelas autoridades de saúde para o surto continua sendo o contágio pelo Zika vírus, identificado no Brasil pela primeira vez em abril deste ano.

Segundo o diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Rodrigo Lima, por mais que ainda não haja confirmação de que a infecção pelo Zika seja determinante nos casos de microcefalia a suspeita é muito forte, e a proteção contra o mosquito continua sendo uma medida relevante. “Como o Zika vírus também é transmitido pelo Aedes aegypti, mesmo mosquito relacionado com a Dengue e a Chikungunya, tentar evitar o contato com o mosquito é fundamental em toda a população”, explica.

Ele aponta que a proximidade do verão tende a agravar o quadro atual, já que a estação historicamente está relacionada ao pico de incidência da dengue devido a uma proliferação maior de mosquitos, aumentando os novos casos de infecção. Para evitar a doença, a população precisa tomar medidas como o uso de telas, roupas protetoras e repelentes (sempre seguindo as especificações dos fabricantes), além de combater os focos de proliferação dos mosquitos, como água parada. O Estado também deve entrar nessa prevenção, com políticas públicas de controle do vetor (mosquito) e campanhas de informação.
“Para as gestantes que estão ou que forem infectadas, também é necessário ter tranquilidade, visto que não temos ainda evidências do quão frequente são as complicações na ocorrência de infecção. Neste caso, o importante é manter o acompanhamento pré-natal e comunicar ao médico as anormalidades, para que o seguimento contemple medidas que identifiquem precocemente qualquer alteração”, finaliza o diretor da SBMFC.

Quem é o médico de família e comunidade (MFC)?

A medicina de família e comunidade é uma especialidade médica, assim como a cardiologia, neurologia e ginecologia. O MFC é o especialista em cuidar das pessoas, da família e da comunidade no contexto da atenção primária à saúde. Ele acompanha as pessoas ao longo da vida, independentemente do gênero, idade ou possível doença, integrando ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde. Esse profissional atua próximo aos pacientes antes mesmo do surgimento de uma doença, realizando diagnósticos precoces e os poupando de intervenções excessivas ou desnecessárias.

É um clínico e comunicador habilidoso, pois utiliza abordagem centrada na pessoa e é capaz de resolver pelo menos 90% dos problemas de saúde, manejar sintomas inespecíficos e realizar ações preventivas. É um coordenador do cuidado, trabalha em equipe e em rede, advoga em prol da saúde dos seus pacientes e da comunidade. Atualmente há no Brasil mais de 3.200 médicos com título de especialista em medicina de família e comunidade.

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