Menina de 1 ano que teve o corpo queimado recebe alta após 54 dias

Redação PH

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Menina de 1 ano que teve o corpo queimado recebe alta após 54 dias

A menina de um ano que teve mais de 50% do corpo queimado após um incêndio na casa onde morava com a avô de 38 anos e três irmãos, na cidade de Pontes e Lacerda, a 483 km de Cuiabá, recebeu alta depois de 54 dias internada no Pronto-Socorro da capital. A menina passou por três cirurgias de reconstrução de pele, sendo na cabeça, no rosto e nas mãos, e agora mora com a tia, Juliana Ferreira de Lima Gonçalves, de 40 anos, na cidade de Cáceres, distante 250 km de Cuiabá..

Juliana diz que a criança está se recuperando rápido e está bem. “Ela só reclama um pouco da cocerinha que fica nas partes do corpo que estão cicatrizando. A pele de todo o corpo já está quase seca. Ela está brincando normal, conversando bastante, come bem. Graças a Deus, ela está se recuperando muito bem”.

A tia ainda explica que após o corpo da sobrinha ficar totalmente cicatrizado, terá que usar uma roupa especial. “Ela terá que usar durante um ano pelo menos a roupa que serve para proteger do sol e sujeiras". A roupa, de malha de compressão elástica, tem o custo alto que varia de acordo com o peso e o tamanho da pessoa que irá usar.

Segundo a tia, a menina ganhou a roupa de uma pessoa que ela não conhece. “Uma mulher ficou sabendo do caso dela e resolveu nos ajudar, comprando a roupa para ela, mas não a conheço”, disse.

Juliana mora em Cáceres, distante 250 km de Cuiabá, com esposo e filho, e veio até a capital para acompanhar a garotinha. A mãe da menina ficou sabendo do incêndio e foi ao PSMC para ficar alguns dias com ela, mas teve que ir embora.

A tia conta ainda que foi ao Conselho Tutelar de Cuiabá, com a mãe da menina, para pedir que fosse passada a ela a guarda da vítima e da irmã. “Ficamos sabendo que a guarda provisória está com a família de Rondônia da avô de um dos pais das crianças. A mãe dela resolveu passar a guarda dela e da irmã de 3 anos para mim. Foi aprovado e só estou aguardando os documentos ficarem prontos para a menina que está em Rondônia venha para minha casa”, explicou.

As outras duas crianças continuarão com a família de Rondônia, pois a avô de uma delas não permitiu que a guarda fosse concedida para a tia.

Juliana diz que quer cuidar das duas crianças e principalmente da menina que foi queimada, pois ainda precisa de tratamento específico. “O médico passou algumas medicações, pomadas para passar no corpo. Ela não pode ficar exposta ao sol, não pode ter contato com terra. Então, tem que ficar o dia inteiro em cima dela, porque é perigoso ela ter alguma queda, machucar em cima das queimaduras. Tem que ter todo cuidado”.

Incêndio

O incêndio ocorreu no dia 25 de fevereiro, quando os quatro irmãos estavam sozinhos em casa. Um deles teria pego um esqueiro e acendeu em cima da cama, o que teria provocado o fogo, segundo um amigo da família. No momento do incidente, a avó das crianças teria ido ao mercado com o marido.

A menina de um ano, caçula entre os irmãos, estaria dormindo e as outras crianças assistindo televisão quando as chamas começaram. Três delas conseguiram se esconder no guarda-roupas, enquanto a de um ano acordou com a fumaça e se escondeu atrás da porta. Um vizinho percebeu o que estava ocorrendo e conseguiu retirar as crianças, mas a garotinha mais nova ficou gravemente ferida.

A avó e o marido foram detidos em flagrante pela Polícia Civil, mas já foram liberados. Os dois deverão responder ao processo em liberdade. A Justiça determinou que a avó continue em Cáceres até o final do processo.

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