O último informe epidemiológico de 2016 dá conta de que o número de casos de microcefalia subiu para 3.174 em todo o território nacional. E a hipótese de a anomalia estar relacionada ao Zika vírus deixa muitas mulheres preocupadas, sobretudo, as gestantes e as que estão planejando engravidar.

“Quando houve o caso de aumento, houve a notificação também que seriam casos já existentes, porém que foram confirmados somente agora”, pontua a médica Kadja Samara Sousa, do Hospital Infantil e Maternidade Femina.

O vírusZikaé transmitido pelo mosquito Aedesaegypti, mesmo transmissor da dengue, e também tem sintomas parecidos com os da doença endêmica, embora mais brando. Assim, para evitar esse vírus é preciso tomar medidas que impeçam a proliferação do mosquito, que são as mesmas utilizadas para prevenir a dengue.

“Cerca de 80% dos casos aparecem com poucos sintomas como dores nas juntas, conjuntivite e pigmentação vermelha na pele (palma das mãos e no pé)”, afirma Kadja Samara.

A orientação para gestante é, diante de qualquer alteração clínica, procurar o médico de rotina e fazer o acompanhamento, ainda mais porque têm muitos casos que são assintomáticos.

Se a mulher fizer um acompanhamento com ultrassom, vai ter um diagnóstico mais precoce, mesmo que não tenha nenhum quadro clínico, ele pode ser evidenciado durante o pré-natal através do ultrassom.

PREVENÇÃO –A médica da Femina faz algumas orientações para evitar o Zika Vírus, confira:

1° Evite a proliferação dos mosquitos na residência e ao redor;

2° Use roupas com mangas e calças compridas

3° Coloque telas em portas e janelas

4° Faça uso diário de repelentes registrados na ANVISA (Reaplique a cada quatro horas)

5° Mobilize seus vizinhos sobre os riscos

6° Utilização de inseticidas ambientais de citronela recomendados (Orienta-se que a gestante não permaneça no local de uso)

7° Evitar pessoas contaminadas com o vírus (Não é transmissível de uma pessoa para outra, sem ser através do emissor). Porém, é bom evitar.