Mato Grosso assume 5º colocação no ranking de geração solar distribuída no pais

Mato Grosso assume 5º colocação no ranking de geração solar distribuída no pais

Mato Grosso assume 5º colocação no ranking de geração solar distribuída no pais

Os investimentos em energia solar em Mato Grosso têm crescido significativamente. Hoje o Estado ocupa o quinto lugar no ranking entre os Estados com maior potência instalada em geração solar distribuída e Cuiabá está em sétimo lugar entre os municípios no país.  As informações são do ranking atualizado da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), divulgado em junho deste ano.

De acordo com o balanço da Absolar o Estado acumula cerca de 47,8 megawatts (MW) de potência instalada, o equivalente a quase 5,8% do que é produzido na geração solar distribuída no país. Já Cuiabá acumula reúne de 7,7 MW o que corresponde a 0,9% da geração solar.

No país, com a quinta energia elétrica mais cara do mundo, os mato-grossenses querem encontrar uma maneira de consumir energia sem ter que arcar com uma conta de luz muito alta no final de cada mês. Os sistemas de energia solar fotovoltaica para geração elétrica surgiram como uma opção ao consumidor, e permitem uma redução de até 95% na fatura.

De acordo com o empresário do segmento de energia solar, CEO da Enerzee, Alexandre Sperafico, o aquecimento da demanda é comprovado pelo próprio mercado local, em função da percepção do público de que a energia fotovoltaica, além de sustentável, também tem se consolidado viável economicamente.

“Prova disso é que estamos em operação desde outubro de 2018 quando iniciamos com apenas quatro funcionários e hoje possuímos 40 colaboradores. Ainda contamos com duas usinas de energia solar em pleno funcionamento, outras duas em construção e mais quatro em fase de projeto”, afirma.

As duas usinas contam com três mil metros quadrados e 360 módulos cada, com capacidade para gerar 15 mil Kwh mês. “Empresas que não querem montar sua própria usina, podem ‘alugar’ a unidade geradora e a energia gerada é enviada para a rede da distribuidora, que fornece créditos para a unidade consumidora abater na sua conta de luz”, explica Sperafico.

Para se ter uma ideia em média, uma casa com quatro quartos, com um consumo entre 300 kWh e 400 kWh ao mês, terá um gasto entre R$ 250,00 a R$ 350,00 por mês.

Risco de retrocesso

Apesar do bom momento do setor, Mato Grosso vive um enorme risco de retrocesso no segmento, com o Projeto de Lei Complementar nº 53/2019, que propõe reduzir  importantes incentivos tributários, sobretudo na geração e distribuição de solar fotovoltaica.

Segundo estimativas do Sindenergia, explica Sperafico, a receita em imposto que governo terá será menos de R$500 mil, contra centenas de milhares de reais que poderiam ser investidos em energia limpa e que certamente gerariam emprego e renda em todo Estado.

Outro ponto que preocupa são os futuros clientes, que devem deixar de investir, já que deve incidir 27% do ICMS, quando começar a geração de energia do equipamento adquirido. “Não consigo entender por quê o Estado quer imposto em algo que não é mercadoria nem serviço  e que quem compra é quem gera e consome”, relata.

O empresário explica que o impacto negativo dentro da sua empresa deve ser a redução do faturamento, previsto em até 60 milhões/ano.  “Este ano não deve acontecer neste volume, se aprovar esta medida. Sem contar que empresas devem deixar de gerar centenas de vagas de emprego”, calcula.

Ainda segundo mapeamento da Absolar, Mato Grosso possui atualmente cerca 3,7 mil sistemas de geração distribuída renovável de pequeno porte em telhados e pequenos terrenos, com mais de R$ 525 milhões de investimentos acumulados e mais de 2 mil empregos gerados.

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