Mato Grosso apresenta manejo florestal sustentável no Rio Grande do Sul

Mato Grosso apresenta manejo florestal sustentável no Rio Grande do Sul
Manejo florestal sustentável garante floresta em pé por pelo menos 25 anos - Foto por: Francisco Alves

Mato Grosso apresenta manejo florestal sustentável no Rio Grande do Sul

O potencial mato-grossense para produção de madeira nativa dentro dos preceitos da legalidade e valorizando a floresta em pé foi apresentado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) aos empreendedores do setor moveleiro.

A exposição foi feita pela secretária de Estado Mauren Lazzaretti na quinta-feira (28) em Workshop realizado na Feira Internacional de Máquinas, Matérias-Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira (FIMMA Brasil) 2019.

O manejo florestal sustentável garante a floresta em pé por pelo menos 25 anos, uma vez que a exploração só pode ser realizada após autorização da Sema e com averbação do compromisso na matrícula do imóvel.

Iniciada a retirada seletiva das árvores, que necessita de estudos técnicos para ocorrer, o empreendedor pode explorar a mesma área novamente após 25 anos ou caso comprove que o incremento da floresta foi igual ou superior ao volume retirado.

Mato Grosso possui 3,7 milhões de hectares de floresta nativa sob manejo florestal sustentável e a meta é atingir 6 milhões de hectares até 2030 por meio de ações de fomento do Instituto Produzir, Conservar e Incluir (PCI).

“Além de mostrar que o manejo florestal sustentável é uma estratégia de Mato Grosso para manter e valorizar a floresta amazônica, apresentamos toda a cadeia necessária de licenças para comercialização de produtos florestais. Esse trabalho de disseminação dessas informações está sendo realizado dentro da estratégia de desmistificar o risco associado à madeira nativa, resgatar a credibilidade da Sema e melhorar a visão do Brasil e do mundo em relação ao nosso Estado”, pontuou Mauren.

O fluxo da legalidade da madeira inicia pelo Cadastro Ambiental Rural (CAR), e passa pela emissão de títulos de licença florestal, autorização florestal (Autex, AEF e AD) para que o manejo florestal sustentável posa ser feito.

Na fase de beneficiamento, as indústrias devem passar pelo licenciamento trifásico (LP, LI e LO) e os consumidores da madeira devem estar regularizados junto ao CC-Sema (Sistema de Cadastro de Consumidores de Produtos Florestais).

Atualmente, existem 801 empreendimentos que realizam beneficiamento, desdobro e industrialização da madeira cadastrados no CC-Sema. Entre as espécies mais comercializadas em 2018, estão o Cambará, Cedrinho e Cupiúba.

Os procedimentos são feitos no Sisflora, que ganhará uma nova versão, e estão integrados ao Sistema Nacional de Controle de Origem de Produtos Florestais (Sinaflor) permitindo o acompanhamento e monitoramento da cadeia de custódia da madeira tanto pelo mercado consumidor, quanto pelos órgãos de controle e fiscalização. A autenticidade dos documentos emitidos pela Sema pode ser verificada no Portal Transparência da Secretaria (http://transparencia.sema.mt.gov.br).

O Workshop FIMMA Florestal foi realizado com apoio da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Sindimadeira e o patrocínio do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Matogrosso (Cipem).

Os empreendedores também tiveram a oportunidade de ouvir o arquiteto José Afonso Botura Portocarrero, que tratou do tema ‘A madeira e o mundo’.

Conceituado em seu segmento de trabalho e premiado em 2018 com o Breeam Awards, da Building Research Establishment BRE, a mais antiga e conceituada certificadora em sustentabilidade da Europa, o matogrossense é um entusiasta no uso da madeira como matéria-prima em edificações. “Ela (a madeira) é um produto mais sustentável, um dos mais recicláveis que existe. Então, inovar com madeira dá possibilidades imensas”, argumentou.

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