Mais de 19 mil pessoas foram infectadas pela dengue em Mato Grosso até o início do mês de agosto de 2015. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT), o estado teve 19.009 notificações de dengue. Em comparação com o mesmo período do ano de 2014, quando 11.685 casos foram registrados, houve um aumento de 62,68%. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (10).
Por conta desses números, a SES-MT reforçou o alerta para ações de prevenção e controle da dengue nas 141 cidades mato-grossenses, já que existe um risco de epidemia. Até agosto a secretaria confirmou cinco mortes por conta da doença nos seguintes municípios: Matupá, Sapezal, Sorriso, Cuiabá e Rondonópolis. Sete mortes seguem em processo de investigação, aguardando o resultado de laboratório.
Para a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Flávia Guimarães, o aumento é alarmante, tornando ainda mais necessário que as ações de controle e prevenção ao mosquito transmissor da dengue sejam intensificadas.
"O que permite que a gente tenha o mosquito é o criadouro, por isso é fundamental que as ações de combate sejam contínuas e a população se mantenha atenta. Havendo o criadouro existe a possibilidade de o mosquito nascer, voar e transmitir a doença", disse.
Outros dados
Também foram registrados 204 casos suspeitos de febre chikungunya. Deste total, 133 estão sob investigação e 71 foram descartados nos municípios de Barra do Bugres, Campo Novo do Parecis, Cuiabá, Guarantã do Norte, Juina, Lucas do Rio Verde, Marcelândia, Nova Olímpia, Primavera do Leste, São Félix do Araguaia, Sorriso, Terra Nova do Norte e Várzea Grande.
Até o momento não foram confirmados casos de transmissão da doença em Mato Grosso. No entanto, no início do mês de março ocorreu o primeiro caso "importado" de febre chikungunya, em Cuiabá.
O zika vírus apresenta sintomas parecidos com o da dengue e da febre chikungunya: dores nas articulações, dor de cabeça, febre, náuseas, diarreia e mal-estar. Cento e duas amostras de exames já foram enviadas para diagnóstico diferencial, mas ainda não foi confirmada a circulação do Zika vírus em Mato Grosso.
