Maggi defende cortes no Governo antes de aprovar novos impostos

Redação PH

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"não votarei a favor de aumento de impostos enquanto o governo e o próprio senado não cortarem gastos"

Maggi defende cortes no Governo antes de aprovar novos impostos

No Plenário do Senado, nesta quarta-feira (16.09), Blairo Maggi criticou o novo pacote de medidas do Governo Federal apresentado essa semana para superar a crise. Dentre as medidas, a retomada da CPMF, “não vamos sair da crise com pacotes paliativos, temos que discutir o tamanho do nosso Governo, ele não está cabendo mais dentro da nossa sociedade”, disse.

Para o parlamentar, se algumas dessas medidas fossem tomadas há 60 dias, talvez surtissem efeito. “Lembro-me que antes dessa crise se instalar, nós fizemos vários alertas ao Governo sobre atitudes que deveriam ser tomadas, e eles não tiveram posições firmes e nem assumiram a postura de quem tinha problema e precisava gerenciá-lo”, criticou.

Maggi citou ainda o outro pacote de medidas apresentado pelo ministro Joaquim Levy, impondo à sociedade um arrocho fiscal, e argumentou ‘não foi suficiente’.

“Mais do que esse pacote, o Governo precisava se comportar como alguém que estava em recuperação judicial. Mas, não o fez. Chegamos ao ponto de perder poder de investimento e agora as medidas chegam pela janela. Não há como cobrar da população aquilo que não está sendo feito pelo Governo. Dificilmente se não fizer sua parte, como corte de cargos ´públicos, cortes em viagens, a população não é obrigada a fazer a parte dela pagando mais impostos. Não concordo”, defendeu Maggi.

Em aparte o senador Waldemir Moka concordou com a falta de postura do Governo diante de um quadro de crise. “Admiro sua coerência, porque o senhor não se curva nem com a pressão nas nossas galerias. Redução de despesas, corte nos ministérios, e a partir daí discutir as medidas seguintes. Até para ajudar o Governo temos que ter condições para isso e, falta consistência nessas propostas”, reclamou.

NOVO PACOTE X CPMF

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, apresentou nesta segunda-feira (14.09), novas medidas para enfrentamento da crise. No total, estão previstos cortes de R$ 26 bilhões no Orçamento de 2016; a suspensão dos concursos públicos; redução de gastos com o programa Minha Casa, Minha Vida; uso das emendas parlamentares ao Orçamento para cobrir custos antes bancados pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Na previsão de cortes, Levy anunciou a redução de gasto tributário, realocação de fontes de receitas e novos impostos, como a CPMF.

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