Maggi cobra ministro sobre pagamento às empresas

Redação PH

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maggi cobra ministro sobre pagamento às empresas

Maggi cobra ministro sobre pagamento às empresas

Em audiência pública nesta quarta-feira (29.04), na Comissão de Infraestrutura do Senado, com o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, marcada para apresentação dos diagnósticos e desafios no setor no Brasil, o senador Blairo Maggi cobrou o pagamento às empresas que já prestaram serviços de infraestrutura ao Governo e desabafou: “fui contra todos aqueles que não queriam a continuidade desse Governo, hoje eu vejo que estava errado”.

Para Blairo a duplicação da BR 163, no trecho que compreende as cidades de Cuiabá e Rondonópolis,? é uma questão de honra?. Além disso, o parlamentar alerta que é preciso pagar as empreiteiras que já executaram parte das obras na rodovia é fazer justiça.

“Chegamos a exaustão. Tenho uma sugestão a fazer aos técnicos do TCU: O trecho de duplicação da BR em Mato Grosso do Sul, ?que começa em Guaíra, e vem até a divisa em MT, são 800 km, todo ele é concessionado, e a velocidade das obras é muito grande. Em MT?,? metade é público, metade é privado, tínhamos que achar uma forma de entregar tudo isso para a iniciativa privada.

Na crise?,? nós temos que buscar soluções, e as vezes temos que abrir mão?,? já que não temos condições de fazer o normal. Pagar as empresas que estão trabalhando nesse trecho, em detrimento das demais, seria uma forma de fazer até justiça, já que diariamente perdemos pessoas queridas nessa rodovia, onde se leva de seis a sete horas para percorrer 200 km”, ressaltou.

Maggi voltou a criticar a postura do Governo frente ao arrocho fiscal para cumprimento da meta de superávit. Segundo o mato-grossense, não está sendo feita a contento, sob pena de comprometer diversos setores da economia.

“Em Mato Grosso,? não tem condições de continuar como está. As empresas que lá estão já estão com dificuldades, e não porque receberão com atraso daqui pra frente, mas sim, por que já executaram parte das obras e simplesmente não receberam. O transtorno social e econômico é muito grande. É sob esse aspecto que tenho falado constantemente que o ministro Levy erra na mão, quando quer fazer o ajuste fiscal. Não discuto a necessidade em faz?e?-lo, mas, fazer sobre os projetos que nós temos pela frente. O Governo pode escolher o que lançar, ou não, mas, deixar de pagar os fornecedores que já executaram os serviços é calote, só tem esse nome. O Governo autorizou, mediu, processou e na hora de pagar não paga por que o ministro da fazenda está fazendo um superávit primário com dinheiro do passado?”, criticou Blairo.

Acuado,? o ministro reconheceu a crise e assumiu que ainda não tem condições de pagar as empresas que já trabalharam em obras de infraestrutura no país.

“Eu nunca imaginava chegar no início de maio sem saber o que tenho de recursos. Não posso esconder o que está acontecendo no Brasil. Os telefonemas que tenho recebido nesses últimos quatro meses são por falta de pagamento às empresas. Tenho o maior prazer em retornar a essa Casa com dados. Enquanto eu não souber o que tenho no caixa, não vou poder pagar as empresas”, disse Antônio Carlos Rodrigues.

APOIO À DILMA

Maggi aproveitou a oportunidade e,? em tom de desabafo?,? disse que se sente enganado pelo Governo da presidente Dilma Rousseff, quando o assunto em pauta são os recursos destinados a Mato Grosso.

“Politicamente, diferente de muitos, eu apoiei a presidente Dilma, subi em palanque, pedi voto, e fiz isso em nome dos projetos para o meu estado, que estavam saindo, e assim, como muita gente se sente enganada, eu também me sinto. Lá (MT)?,? nós perdemos a eleição e eu fui contra a maioria do povo do meu Estado?,? que não queria mais a continuidade desse Governo. Mas, em nome dos projetos para Mato Grosso?,? eu fui e disse: ?E?ssa é a melhor opção. Hoje, vejo que quem estava errada era eu. Aqueles que foram contra mim estavam certos. Por isso me sinto na obrigação de reclamar”, lamentou.

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