Maggi cobra do BNDES garantia de financiamento às concessionárias

Redação PH

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Maggi cobra do BNDES garantia de financiamento às concessionárias

“Se as empresas que tocam as obras rodoviárias no País não tiverem acesso ao crédito, muito provavelmente vão parar os investimentos”, disse Blairo Maggi em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado (CI), nesta quarta-feira (18.11). Na pauta dos senadores a atual conjuntura das obras rodoviárias que estão sendo realizadas no sistema de concessão.

Maggi questionou ao representante do BNDES se o banco manterá os contratos e garantirá a execução de projetos que já estão em andamento em todo o País. “Sabemos que as condições mudaram, mas, precisamos saber se o banco está trabalhando, se tem recursos e interesse nesses financiamentos para as concessionárias? A garantia de 70% do valor financiado já virou ‘até’ 70%, mas, os contratos serão feitos em TJLP?”, arguiu.

O parlamentar explica que em Mato Grosso o pedágio não é barato para o setor produtivo, já que uma carga de grãos que sai de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá) e segue rumo ao porto de Paranaguá, por exemplo, paga R$ 30,00 por tonelada de produto. “Não queremos continuar pagando esses valores sem ter as rodovias duplicadas e sentindo o reflexo direto no tempo que esse caminhão fica rodando. Precisamos valorizar o ganho de eficiência, ou seja, pagamos o pedágio, mas temos em contrapartida qualidade nas rodovias e otimização no escoamento”, disse.

Cleverson Aroeira da Silva, chefe de Transporte e Logística do BNDES, garantiu apoio às concessionárias. “As negociações continuam sendo TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) com 2% de juros na carta, digo isso ao reforçar que o banco está comprometido em prover os recursos necessários para que a empresa de Mato Grosso, Rota D’Oeste, tenha acesso ao crédito e prossiga seus investimentos”, assegurou.

Silva concordou que projetos de infraestrutura de grande envergadura necessitam de linhas de crédito. “Nesses casos o financiamento é indispensável para a viabilidade do projeto, e mais, não há problema algum as empresas terem suas taxas internas de retorno, isso é até desejável para todos nós. Recursos existem, estão disponíveis e o setor poderá contar com o BNDES”, garantiu.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizou uma extensa revisão de suas políticas operacionais ainda em 2014 ao reduzir seus níveis de participação e de parcela do financiamento em TJLP. Mas, mesmo com a redução da fatia de financiamento em TJLP, existe a garantia de que não faltarão recursos para o financiamento dos investimentos.

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