Lutadora de MMA, Polyana Viana reage a assalto, imobiliza o ladrão

Arquivo Pessoal

Lutadora de MMA, Polyana Viana reage a assalto, imobiliza o ladrão

Lutadora de MMA da categoria peso-palha, Polyana Viana passou por um grande susto no último sábado (5). Morando no Rio de Janeiro, a paraense sofreu uma tentativa de assalto em frente ao seu prédio, localizado no bairro do Pechincha, em Jacarepaguá, Zona Oeste da cidade.

No momento da abordagem, a atleta estava esperando um Uber, até que um indivíduo, identificado como Max Gadelha Barbosa, se aproximou e, logo em seguida, anunciou o assalto, pedindo o aparelho celular de Polyana.

Assaltante foi agredido e imobilizado por Polyana até a chegada da polícia (Foto: arquivo pessoal)

A “Dama de Ferro”, no entanto, ao perceber que a arma do assaltante era de brinquedo, reagiu imediatamente, e com dois socos e um chute, golpeou o indivíduo, imobilizando logo em seguida. Em entrevista à TATAME, a lutadora explicou o ocorrido, e logo depois soube que o homem já acumulava passagens pela polícia.

“Chamei um Uber porque ia no shopping ver um filme. Fui para a frente do condomínio, onde sempre espero. Fiquei na calçada, sentei e olhei para os lados para ver se vinha alguém, porque aqui é bem perigoso, e não vi ninguém. Logo depois, ouvi passos, olhei para trás e ele vinha, achei que ia pegar meu celular de uma vez e iria correr. Mas ele percebeu que eu vi ele, então sentou do meu lado e perguntou a hora, desconfiado. Falei a hora e guardei o celular na cintura, nisso ele colocou a mão na cintura dele e falou: ‘Passa o celular e não tenta nada, porque eu estou armado’. Olhei para a cintura e vi que estava um pouco murcho o volume, aí só levantei, dei dois cruzados nele e um chute. Ele tomou knockdown, aí segurei ele em um mata-leão, ficou se debatendo, tentando tirar a minha mão. Fomos para o outro canteiro, até ralou minhas pernas, e consegui sentar ele no lugar que eu estava. Pedi para um ‘motoboy’ chamar a polícia, aí começou a chegar gente. Quando ele estava se debatendo, muita gente passou e não fez nada, fingiu que nada estava acontecendo. Depois que o motoboy parou, começou a chegar gente, tirando foto, e aí chegou a polícia. Levaram ele para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), cuidaram dos machucados e me pediram para ir na delegacia registrar o boletim. Parece que ele já tinha passagem (pela polícia), ficou preso três anos e estava solto há pouco tempo. Não sei se ele ficou preso. Eu fiquei com dó depois (risos), mas na hora que fiquei com tanta raiva, tive vontade de soltar ele, para ele correr. Depois eu disse que ia chamar a polícia, daí ele que falou: ‘Então chama, então chama’. Acho que ele tava com medo que eu batesse nele de novo (risos)”, detalhou Polyana, que revelou que já foi abordada em outras duas oportunidades.

“Não é a primeira vez que isso acontece, é a terceira. E graças a Deus, todas as vezes eles vieram ‘na boca’, nunca vieram armados de verdade. A primeira vez foi em Belém, estava saindo de casa e vieram dois caras de moto me abordando. Só um desceu da moto e já veio agressivo, quebrou minha sombrinha e já pediu para passar o aparelho. Falei que não ia dar, ele tentou tirar da minha mão e já voltei com um soco. Nessa vez eu fiquei muito nervosa, mas ele ficou mais que eu e foi embora. A outra vez também foi em Belém, quando fui no Mercado Ver O Peso. Estava com um cordão de ouro e uma pessoa veio me avisar para não ficar com o cordão, e o cara que me avisou foi o mesmo que avisou para o ladrão. Quando eu estava indo embora, pisei no ônibus, o ladrão passou e deu um tapa no pescoço, quebrando o cordão, mas consegui segurar. Tentei correr atrás só por causa do tapa que ele me deu, mas não consegui”, relembrou a lutadora, que destacou a importância de mulheres praticarem artes marciais, no entanto, ressaltou o perigo e risco em reagir a esses tipos de abordagem.

“Acho muito importante a mulher treinar qualquer arte marcial para defesa pessoal, mas não para uma situação dessas. De jeito nenhum você deve reagir a um assalto, mesmo que você seja um ‘Anderson Silva’ da vida. Eu reagi porque vi que não era arma de verdade e porque ele estava muito perto de mim, foi por isso que reagi, não só porque sou lutadora. Ele estava muito perto e qualquer outra mulher poderia ter dado um empurrão nele e corrido para dentro do prédio, como eu estava próximo do meu. Acho muito importante (a defesa pessoal) em outras situações, como o cara se ‘esfregando’ em você no ônibus, porque acontece direto em esse tipo de situação, casos de feminicídio também. É importante a arte marcial para defesa pessoal ou até para ser uma lutadora mesmo”, encerrou.

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