Líder de governo na AL destaca inflação de 11,28% como fator para atraso no RGA

Redação PH

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Líder de governo na AL destaca inflação de 11,28% como fator para atraso no RGA

O líder de governo na Assembleia Legislativa, deputado Wilson Santos (PSDB), afirmou hoje (8), durante sessão plenária, que nos últimos 20 anos – exceto em 2015 com 11,28%-, a inflação no Brasil não chegou a dois dígitos. Para o tucano, isso representa um ponto fora da curva, pois se for feita uma média inflacionária das últimas duas décadas, o percentual não chega a 5%.

O parlamentar lembrou que em 2014 a inflação foi registrada em 6,22% e que o governo fez a reposição aos servidores públicos estaduais. Entretanto, em se tratando dos 11,28%, pagar essa perda a todos os servidores, de forma integral, é difícil e muitos estados brasileiros não conseguiram conceder o reajuste.

Na semana passada, de acordo com Wilson Santos, a União fez uma proposta com aos servidores federais a fim de conceder 5,37% de reajuste. A matéria foi aprovada pela Câmara dos Deputados e agora está sob análise do Senado. A proposta é de 21,5% para os próximos quatro anos.

Em uma contextualização econômica, Santos frisa que a situação econômica brasileira é grave. Para ele, desde a proclamação da república do Brasil, por dois anos consecutivos, registrou-se queda de quatro pontos no Produto Interno Bruto – PIB. Segundo o deputado, nos períodos mais críticos da economia brasileira, em 1930 e 1931, o país chegou a registrar 2% de queda do PIB. “Isso é muito sério e muito grave”, disse o parlamentar.

“È preciso resguardar a perda inflacionária dos salários. Mas para isso há vários caminhos e, nesse caso, o Fórum Sindical tem sido muito radical e não tem contribuído. Agora a Revisão Geral Anual está judicializada, eles perderam no âmbito estadual. E se perder em federal, como fica?”, questiona Santos.

“Se isso acontecer, os líderes do Fórum Sindical vão ficar enfraquecidos junto aos servidores. Entendo é preciso manter o poder aquisitivo e repor pelo menos as perdas inflacionárias e quando não for possível repor na íntegra, que o resíduo fique como direito adquirido”, explicou o parlamentar.

De acordo com Santos, o Estado pode pagar os resíduos por carta de crédito, o que não pode é o valor restante desaparecer. Ele citou como exemplo, os 11,28% de reajuste. “Se o governo conceder os 6%, os outros 5% somem, não. Não concordo com isso. A minha proposta é que esse resíduo possa ser considerado e pago mais à frente”, explicou Santos.

Em relação à reunião entre a Assembleia Legislativa e o Fórum Sindical que acontece hoje (8) à tarde, às 15 horas na presidência do Legislativo estadual, Wilson Santos afirmou que não acredita que saia uma nova proposta nessa reunião.

“A questão está judicializada. As equipes econômicas do governo já fizeram mais de 100 reuniões com o Fórum Sindical e com as associações de servidores e avançaram ao máximo, superando a proposta do governo federal que é de 5,37% e, Mato Grosso chega a 6%. O Estado não tem mais condições porque chegou ao limite da Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse Santos.

Mesmo com o fórum recorrendo às instâncias superiores em Brasília, as portas do governo do estado estão abertas ao diálogo. “Vejo muito radicalismo pelo fórum. É fácil entrar na greve, o difícil é saber sair dela. É o momento de sair antes que haja uma decisão da justiça federal. Às vezes é preciso dar um passo atrás para dar um passo à frente”, afirmou o parlamentar tucano.

Mesmo diante da crise econômica financeira brasileira, Santos explicou ainda que o governador Pedro Taques (PSDB) vem mantendo diálogo com todos os setores produtivos e com os servidores públicos estaduais.

“O governo abriu diálogo com o agronegócio para a formatação de uma proposta de reforma tributária para o setor. Taques vem se reunindo com os poderes para que apertem mais o cinto, já fez uma reforma administrativa, agora vai reduzir os cargos políticos, vai gastar menos com o combustível e menos com passagens”, frisou o deputado.Para o parlamentar, "é criminoso, nefasto e irresponsável o Estado gastar cerca de 97% do que arrecada com a dívida pública, salários e encargos sociais".

“Hoje, o Estado precisa de leito de UTIs. Mato Grosso tem 30 mil quilômetros de estradas estaduais que precisam de manutenção, de construções de pontes de pavimentação. Ampliar a segurança pública em todas as regiões do estado. Avançar com as bases do Corpo de Bombeiros e dar qualidade à educação pública. Tudo isso precisa de dinheiro”, finalizou.

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