Os municípios de Cáceres, Rosário Oeste e Santa Carmem estão em risco de surto de dengue, segundo dados do primeiro Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa) realizado pelo estado de Mato Grosso neste ano.
Os três municípios apresentaram índice de infestação do mosquito vetor acima de 3,9%, nível de infestação que aponta risco de surto da doença, segundo divulgou a Secretaria de estado de Saúde (SES) neste sábado (14). Juntos, os três municípios possuem uma população pouco superior a 111 mil habitantes – Cáceres, a 250 km de Cuiabá, é o mais populoso, com mais de 90 mil.
O LIRAa é um levantamento de monitoramento do avanço do vetor do Aedes aegypti, permitindo direcionar as ações de controle.
Com base em amostragens de cada área de imóveis analisados, o LIRAa indica a situação da área: com infestação de larvas do mosquito em menos de 1% dos imóveis analisados, a área está em condições satisfatórias; entre 1% e 3,9%, em situação de alerta; acima de 3,9%, em risco de surto.
De acordo com o boletim epidemiológico produzido pela Vigilância em Saúde da SES, outros 14 municípios de Mato Grosso apresentaram índices de infestação entre 1% e 3,9% dos imóveis, incluindo-se na faixa de situação de alerta. Os municípios são Campo Verde, Jaciara, Juscimeira, Lucas do Rio Verde, Nova Marilândia, Pedra Preta, Rondonópolis, São Jose do Rio Claro, São Pedro da Cipa, Santo Antônio de Leste, Sinop, Tangará da Serra e Tapurah.
Dengue em 2015
O primeiro levantamento do ano, entretanto, ainda não abrange todos os municípios de Mato Grosso. Segundo a SES, apenas 67 dos 141 municípios comprometeram-se com a realização do levantamento (47,% do total) e, desses, somente 22 apresentaram os dados até o momento. Todos têm de ser remetidos à SES até o final de fevereiro.
Conforme o balanço da SES sobre os casos notificados de dengue neste ano, até agora houve 912 casos em Mato Grosso, sem notificação de óbitos ou casos graves. Na comparação com o total de notificações da doença no mesmo período do ano passado, o estado apresentou uma queda de 47,7%, segundo a SES.
