José Medeiros acusa Dilma de provocar crise econômica e a presidente rebate

Redação PH

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José Medeiros acusa Dilma de provocar crise econômica e a presidente rebate

O senador José Medeiros (PSD-MT) acusou o governo de Dilma de ter provocado a crise em que o país se encontra e disse que qualquer regime de governo cai se não houver base popular, apoio político e economia funcionando bem. O senador afirmou, ao questionar Dilma Rousseff, nesta segunda-feira (29), que o impeachment não é um golpe, mas a “democracia em ebulição”.

"Se esse tripé não funcionar, cai monarquia, cai qualquer regime de governo. E aqui dizem: “mas nós não estamos no sistema parlamentarista”. É bem verdade que não estamos. Mas, por esse motivo, qualquer governo cai, no regime presidencialista, quando tem uma base jurídica. E neste caso tem de sobra. E aqui está o motivo de sobra: as pedaladas fiscais. E pedalada fiscal é crime", disse.

Dilma afirmou que desde 2009, o governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva teve o cuidado de resistir à crise econômica mundial através de políticas coordenadas anticíclicas, ou seja, que buscavam manter o poder de compra do trabalhador. Ela disse que essas políticas continuaram nos anos seguintes e que não é possível achar que a crise econômica no Brasil é produto de três decretos ou do Plano Safra, referindo-se às chamadas pedaladas fiscais.

"Mesmo se a gente aceitasse aqui que incorremos no erro, o Plano Safra amplia a demanda, senador. Ele aumenta não só o financiamento a bens de capital, mas o recurso para custeio, o recurso para investimento. Nunca se investiu tanto neste país. Agora, chegamos ao limite e tivemos que modificar todas as questões relativas à absorção pelo orçamento público que nós vínhamos fazendo. E reduzimos. O que nós estamos discutindo aqui é um ano que teve o maior contingenciamento fiscal de toda a história do Brasil", argumentou.

Dilma disse ainda que vários fatores contribuíram para a crise econômica do país, como a queda do preço do petróleo, dos bens alimentícios e a crise hídrica. A presidente reafirmou que não é “compatível com a realidade” achar que o Plano Safra gerou a crise econômica do Brasil.

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