O Comitê Olímpico Brasileiro anunciou nesta terça-feira (23) que Isaquias Queiroz, da canoagem velocidade, e Raquel Kochhann, do rugbi, serão os líderes da delegação brasileira e levarão a bandeira do Brasil no Rio Sena na abertura das Olimpíadas, no próximo 26 de julho.
De acordo com o COB, o Brasil conta com a quarta maior delegação de sua história, com 276 atletas, com 55% de mulheres – a maioria pela primeira vez no grupo de classificados.
As disputas da canoagem velocidade ocorrerão no Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne, a cerca de 30km de Paris, apenas na segunda semana dos Jogos. O baiano estreará no dia 6 de agosto, nas eliminatórias do C2 500m. Já o rugby brasileiro está no Grupo C e abre a jornada de competições no Stade de France com duas partidas no dia 28.
Quem é Isaquias Queiroz
Isaquias é natural de Ubaitaba, na Bahia, e tem 30 anos de idade. Aos 10 anos, ele perdeu um dos rins após subir em uma árvore para ver uma cobra morta e cair em cima de uma pedra. Com a hemorragia interna, passou pela perda.
O baiano já ganhou quatro medalhas olímpicas e é um dos principais atletas na modalidade, popularizando-a. Ele iniciou as competições em 2010, quando representou o Brasil nos Jogos Olímpicos da Juventude em 2 provas: Slalom e Velocidade, mas foi em 2011 que ele ganhou a primeira medalha de prata no Campeonato Mundial Júnior de Canoagem de Velocidade em Brandenburg.
Nas Olimpíadas de 2016, que aconteceram no Rio de Janeiro, Isaquias ganhou duas medalhas de prata (C1 1000m e C2 1000m) e um bronze (C1 200m), e em Tóquio 2020 ganhou ouro no C1 1000m. Em Paris, Isaquias defenderá o título na prova e ainda competirá no C2 500m.
Quem é Raquel Kochhann
Natural de Saudades, no interior de Santa Catarina, Raquel se mudou para para Caxias do Sul aos 15 anos de idade, onde passou a integrar a equipe de futsal do Juventude. é formada em Educação Física pela Universidade Estácio.
Após seletivas, anos depois, a atleta integrou a Seleção Brasileira de Rugby Sevens, que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Sul-Americanos de 2014 e a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de 2015.
De acordo com o COB, ela chegou à seleção brasileira e liderou as Yaras, como são conhecidas as jogadoras da seleção feminina na Rio 2016. Um pouco antes da segunda participação, em Tóquio 2020, descobriu um caroço que se revelaria um câncer de mama.
Raquel ficou em tratamento e passou por mastectomia, quimio e radioterapia. Após o processo, voltou a se exercitar e para o alto rendimento. Em dezembro de 2023 foi novamente convocada para a seleção, e agora celebra a volta ao palco olímpico carregando o pavilhão de um Time Brasil.
Em Paris, Raquel se tornará a primeira brasileira do rugby sevens a disputar três vezes os Jogos Olímpicos junto de Luiza Campos.