Irmão de mulher que denunciou estupro coletivo se revolta por vídeo viralizado dela sem roupa na rua

Família se revolta com vídeo de mulher andando nua na rua em Itatiba — Foto: Reprodução/Facebook

Irmão de mulher que denunciou estupro coletivo se revolta por vídeo viralizado dela sem roupa na rua

A família da garota de programa de 30 anos que denunciou estupro coletivo que teria sido cometido por 12 homens, em Itatiba (SP), afirmou que a família está revoltada ao ver um vídeo viralizado em uma rede social que mostra a mulher nua na rua.

A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Itatiba (SP) abriu inquérito policial na segunda-feira (26) para tentar identificar os 12 suspeitos do crime, que teria ocorrido em um matagal no bairro Jardim São Luis II.

A imagem registrada por um motorista de um carro mostrou a mulher caminhando no meio da rua sem roupas. O vídeo registrou outros veículos que também passavam pela via. A data do registro não foi informada, mas as imagens viralizaram após a denúncia ganhar repercussão.

“O rapaz do carro filmou e postou. É errado. Era para ter parado, chamado a ambulância. Se você chamar, ela senta e conversa. Isso era atitude de ser humano”, contou o irmão, que não será identificado, ao G1.

O vídeo e comentários de internautas que fizeram piadas com a situação chegaram até a família, que acompanha a situação da mulher. Atualmente, ela está internada em hospital de Jundiaí.

“Meu pai e minha mãe ficaram muito chateados. Minha mãe entra em crise de choro. A pessoa que posta tem que pensar em quem ela vai atingir. Antes de repostar um vídeo, tem que pensar que a pessoa tem família.”

Achada em rodovia

 

Depois de registrar um boletim de ocorrência na delegacia de Itatiba sobre o suposto estupro, a mulher foi levada a um abrigo na cidade. No entanto, segundo o irmão, ela fugiu e foi encontrada na rodovia.

Conforme o irmão, não foi a primeira vez que a mulher relatou ter sido estuprada. Ela é usuária de drogas e faz o uso de remédios controlados.

Segundo a família, a mulher passou pela Cracolândia, em São Paulo, e nos últimos meses esteve em um hospital psiquiátrico em Belo Horizonte. No entanto, ela voltou para Jundiaí há cerca de 15 dias.

“Quando ela fica internada, ela fica meses a base de remédio pesado, que mistura com droga. Já disse em outras vezes que foi estuprada e que tem HIV. Das últimas vezes que fizeram exame, ela não tinha. Mas frequentou a Cracolândia e não sabemos agora”, lamenta.

Relembre o caso

A mulher contou aos guardas municipais que foi chamada por um homem para ir até Itatiba e foi obrigada por um grupo a entrar em uma trilha. Durante o crime, a vítima teria desmaiado, na madrugada de sexta-feira (23).

Segundo o relato, ela teria HIV e nenhum deles usou preservativo durante o crime. A Guarda Municipal informou que recebeu um chamado de estupro e socorreu a mulher, que contou que foi violentada.

A investigação aguarda os laudos e faz buscas pelos suspeitos. Ninguém foi preso. O caso corre sob segredo na DDM da cidade.

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