A inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu acima do previsto e o acumulado de 12 meses ficou em 7,7%. É o mais alto percentual desde maio de 2005, quanto o índice alcançou 8,05%.
O comunicado foi feito pelo IBGE na manhã desta sexta-feira.
O IPCA é o índice oficial de inflação utilizado pelo governo e serve de referência para o plano de metas fixado pelo Banco Central. Em fevereiro o índice alcançou 1,22%, resultado próximo ao de 1,24% registrado em janeiro.
Considerando os dois primeiros meses, o índice atinge 2,48% – o dobro do percentual registrado no mesmo período de 2014.
O IPCA mede a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, independentemente da fonte de rendimentos.
No mês o destaque individual foi a gasolina, cujos preços subiram 8,42%. Refletindo aumento nas alíquotas do PIS/Cofins, que entrou em vigor em 1º de fevereiro, a gasolina exerceu um impacto de 0,31 ponto percentual no IPCA do mês, sendo responsável, sozinha, por um quarto do IPCA, ou seja, 25,41%.
Sob esta pressão, os gastos com transportes subiram 2,2%, grupo que apresentou o mais elevado impacto no mês: 0,41 pontos percetuais.
Ainda no grupo transportes, houve aumento também nas alíquotas do PIS/Cofins para o óleo diesel, que apresentou alta de 5,32%. Já os preços do etanol subiram 7,19%.
Além dos combustíveis (7,95%), outros gastos importantes com transportes também apresentaram elevação: trem (3,10%), automóvel novo (2,88%), ônibus urbano (2,73%), metrô (2,67%), ônibus intermunicipal (1,68%), táxi (1,21%) e conserto de automóvel (1,20%).