IBGE começa no fim deste mês Censo Experimental no Brasil

Lícia Rubinstein / Agência IBGE Notícias

IBGE começa no fim deste mês Censo Experimental no Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai dar início a um ensaio para o Censo de 2020, que é global e atinge os 5.570 municípios do país. O último ocorreu em 2010 e a periodicidade é sempre esta, de 10 em 10 anos.

Essa versão menor, denominada como Censo Experimental, vai ocorrer em setores de 10 municípios brasileiros e em quatro comunidades quilombolas no Rio Grande do Sul. É um teste para o levantamento nacional.

A pesquisa mais representativa vai ocorrer em Poços de Caldas (MG). Os moradores vão receber um código de acesso, por carta, e entre os dias 21 e 29 poderão responder ao questionário básico formado por 26 perguntas diretamente no site do IBGE.

Aqueles que não participarem do censo experimental pela internet vão receber entre 1° de outubro e o começo de dezembro a visita de 180 recenseadores, contratados por tempo determinado para este fim.

Em Poços de Caldas foram mapeados 60 mil domicílios. E quando os recenseadores chegarem nessas casas mineiras, as pessoas ainda poderão escolher dar as respostas pela internet, segundo o coordenador substituto da Gerência Técnica do Censo do IBGE, Rafael Moraes.

“A partir de 1° de outubro, aqueles outros demais domicílios que não responderam, eles vão receber a visita do recenseador. E aí, na ocasião dessa visita, elas também vão ter a oportunidade, se assim elas quiserem, de preencher pela internet. Só basta solicitar ao recenseador que querem preencher pela internet”, disse.

Neste caso os recenseadores vão registar o correio eletrônico dos responsáveis pelos domicílios e enviar um código de acesso para o site do IBGE.

Questionários

Serão aplicados dois questionários. Um básico com 26 perguntas contendo informações sobre sexo, idade, identificação étnico-racial, escolaridade, ocupação, renda, estado civil e características do domicílio.

E outro mais completo, com as 26 questões do básico, e outras 50 perguntas, como, por exemplo, se o domicílio tem pessoas com deficiência, se alguém procura emprego, qual o nível de escolaridade dos membros da família, além de temas como religião, fecundidade, migração interna e internacional. Esse questionário vai ser aplicado para apenas 10% dos entrevistados.

Identificação

Rafael Moraes antecipou que os recenseadores vão estar devidamente identificados com crachá, colete, boné do IBGE e um dispositivo móvel, parecido com um tablet, para registar as respostas. E para quem trabalha o dia todo, Moraes adiantou que vão ser aplicados horários diferenciados como à noite e nos finais de semana.

“A gente pede que a população colabore com esta operação, receba bem o recenseador, prestando as informações que lhes forem solicitadas. É importante lembrar que as informações, estes dados, são protegidos por uma lei de sigilo estatístico”, afirmou.

Testes

O coordenador substituto da Gerência Técnica do Censo do IBGE informou ainda que o Censo Experimental vai servir para testar etapas do levantamento nacional, que vai ocorrer no ano que vem. Entre elas, estão a supervisão do trabalho dos recenseadores, o processo seletivo de contratação, o treinamento e o pagamento desses profissionais.

Rafael Moraes também falou sobre a importância do censo para o Brasil. “O censo fornece a base para a formulação das principais políticas públicas do país”.

Confira os outros locais que vão receber o censo experimental do IBGE:

 

Aglomerados Subnormais: Juiz de Fora/MG (11 setores censitários).

Condomínios com coleta especial: Rio de Janeiro/RJ (2 setores censitários) e São Paulo/SP (2 setores censitários).

Público “não falante de português”: São Paulo/SP (1 setor censitário).

Testes de diferentes frações amostrais: Ermo/SC (50%); General Sampaio/CE (33%); Rio de Janeiro/RJ; São Paulo/SP (5%) e Bujari/AC.

Terras IndígenasTerra Indígena Entre Serras em Jatobá/PE, Tacaratu/PE e Petrolândia/PE.

Terras QuilombolasSão Miguel, Rincão dos Martimianos, Barro Vermelho e Comunidade Quilombola Alpes, no RS.

No caso das Terras Indígenas e Quilombolas o levantamento vai ser feito apenas da forma convencional, sem a possibilidade de respostas pela internet.

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