Honda quer que dois terços de seus carros sejam ‘verdes’ até 2030

Redação PH

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Honda quer que dois terços de seus carros sejam ‘verdes’ até 2030

A Honda anunciou a meta de que dois terços de seus carros vendidos se tornem modelos "verdes" até 2030. Em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (24), o presidente-executivo Takahiro Hachigo divulgou a visão de futuro da montadora japonesa e destacou a importância de carros híbridos (com um motor a combustão e outro elétrico) e elétricos, que emitem menos ou não soltam gases poluentes.
Hachigo, que assumiu a função há 1 ano, disse esperar que a maioria dos modelos da Honda tenha uma versão "plug-in" (com bateria para o motor elétrico recarregável em tomada).
"Vamos lançar um novo modelo híbrido na América do Norte em 2018. Depois disso, teremos uma versão 'plug-in' para todos os principais modelos e vamos aumentar essa quantidade sequencialmente", afirmou o CEO.
Atualmente, cerca de 5% dos veículos da Honda têm motores elétricos e a maioria combina esse propulsor com outro a gasolina. A montadora lançará em breve, no Japão e nos Estados Unidos, seu primeiro carro elétrico movido a hidrogênio, o Clarity, cuja versão final foi exibida no Salão de Tóquio, em novembro passado.
Além disso, o executivo informou que a nova geração do sistema de célula de hidrogênio, que está sendo desenvolvida em parceria com a General Motors desde 2013, deverá ser lançada por volta de 2020.
Hachigo espera que carros híbridos e "plug-ins" sejam metade dos modelos ofertados pela montadora em 2030 e outros 15% sejam de outros veículos elétricos, como o Clarity.
Outras montadoras têm dado peso a carros elétricos em suas metas futuras. A Toyota disse no ano passado que a maioria das vendas globais deverá ser de modelos "verdes" por volta de 2050. A GM planeja ter 500.000 veículos elétricos de marcas como a Chevrolet rodando nos EUA até 2017. Os carros híbridos e elétricos também se tornaram a principal bandeira da Volkswagen após o escândalo com motores a diesel.
Problema dos 'airbags mortais'
O primeiro ano de Hachigo como presidente da Honda foi marcado pelo recall de milhões de carros da marca, especialmente os que são equipados com airbags defeituosos da fornecedora Takata, que atende diversas montadoras.
A falha, ligada a 10 mortes, sendo 9 em carros da montadora e 1 em um modelo da Ford, resultou no maior recall da história, envolvendo mais de 30 milhões de veículos em todo o mundo, inclusive no Brasil.
Apesar de a Honda ser a maior cliente da Takata, a montadora não planeja oferecer socorro financeiro à empresa, afirmou Hachigo.
Recorde em 2015
Em 2013, o então presidente Takanobu Ito previu que a Honda atingiria a escala de 6 milhões de veículos vendidos anualmente, a partir de março do ano que vem. A expectativa já foi derrubada por Hachigo.
Em 2015, porém, a montadora bateu seu recorde de emplacamentos nos dois maiores mercados do mundo, a China e os EUA, e viu as vendas globais subirem 6%, para 4,7 milhões de unidades. A expectativa é de que o lucro no atual ano fiscal, que termina em março, cresça 3%, para 525 bilhões de ienes (US$ 4,7 bilhões).

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