Rama Reddy, de 29 anos, acabou preso após prometer se casar com uma mulher se ela aceitasse fazer sexo com ele. Ela aceitou, mas ele não cumpriu o acordo e a relação acabou na delegacia. O caso aconteceu em Bangalore, na Índia, e foi divulgado pela imprensa local na última semana.

De acordo com o Bangalore Mirror, Rama e a mulher, que foi identificada por um nome fictício, se conheceram por meio do Tinder e logo começaram a trocar mensagens mais íntimas pelo Whatsapp.

O encontro sexual consentido aconteceu e a mulher passou a cobrar a promessa de Rama, que alegou não estar preparado para se comprometer. Como ela continuou insistindo e, desde o início, ele não tinha real de se casar, o homem a bloqueou no aplicativo de mensagens.

Sentindo-se enganda e usada, ela decidiu levar o caso à polícia. “Foi literalmente na manhã seguinte do encontro que ele me disse que estava terminando comigo.”Eu me senti enojada por ter sido usada”, relembrou a mulher em entrevista ao Bangalore Mirror. “Esses tipos de incidentes não deveriam se repetir com outras pessoas que usam aplicativos de namoro. Mulheres não deveriam ser usadas como fonte de prazer físico”, acrescentou.

Rama está sob custódia e irá responder pelo crime de estupro.

Prometer casamento por sexo é estupro na Índia

Na Índia, casos como esse podem ser considerados estupro. Em abril deste ano, a Suprema Corte do país decidiu que, em situações como essa, as mulheres só consentem na relação sexual por acreditarem na intenção de casamento. À época, os juízes afirmaram que “relações sexuais sob total equívoco não podem ser tratadas como consentidas”.

Casos assim não raros no país. De acordo com dados do governo indiano, em 2016 foram registrados mais de 10 mil casos de estupro cometidos por pessoas próximas que prometiam casamento após o sexo. Como o país é conservador em relação à sexualidade, a virgindade ainda é tratada como um “prêmio” e mulheres que já tiveram experiências sexuais têm problemas para casar.