Homem aceita desafio de comer lagartixa e morre dez dias depois

Homem aceita desafio de comer lagartixa e morre dez dias depois
Reprodução/Facebook

Homem aceita desafio de comer lagartixa e morre dez dias depois

O australiano David Bowell, de 34 anos, morreu dez dias após comer uma lagartixa para vencer uma aposta e acabar contraindo salmonella. Pai de três filhos, ele estava casado há 15 anos e faria aniversário na última terça-feira (25).

David comeu o pequeno réptil durante uma brincadeira numa festa de Natal, em 1º de dezembro do ano passado. No dia seguinte, ele já estava se sentindo mal, mas considerou que tratava-se de efeitos da bebedeira e não procurou ajuda médica.

No outro dia, no entanto, os sintomas se agravaram. “Na segunda-feira, ele estava muito doente e, no momento em que ele começou a vomitar algo verde, chamaram uma ambulância”, relembra Hannah Dowell, irmã de David, em entrevista ao Brisbane Times, publicada na segunda-feira (1º). Na terça, o diagnóstico: infecção por salmonella.

Inicialmente, a família acreditou que ele poderia ter contraído a doença por conta do consumo de frango, mas, cerca de uma semana depois, a esposa dele, Allira, ficou sabendo o caso da aposta da lagartixa.

Ela levou a versão ao médico, que confirmou que isso poderia ter causado a doença. Contudo, até hoje, seis meses depois da morte de David, a família ainda duvida que ele realmente tenha concluído a aposta e suspeita que as causas da infecção – e da morte – possam ter outras explicações. “No fim do dia, nós não sabemos se ele realmente comeu a lagartixa. Ele nunca mencionou isso”, lamenta Allira.

Ao longo da internação, o quadro clínico do homem ficou cada vez mais grave até que ele sofreu falência múltipla de órgãos e morreu durante uma cirurgia. Com isso, a irmã dele ainda questiona os procedimentos adotados pelo hospital durante o tratamento e pede: “Eu quero justiça para David… ou simplesmente respostas. Você nunca pensa que é possível acontecer algo do tipo com você e então acontece”.

A Salmonella spp. é uma bactéria responsável por intoxicações alimentares, sendo um dos principais agentes envolvidos em surtos de infecções alimentares, diarreias e gastroenterites, representando 14,4% dos quase 220 mil casos entre 2000 e 2015, segundo dados do Ministério da Saúde.

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