Há três anos, família aguarda respostas sobre morte de índio por descarga elétrica em Rondonópolis

Redação PH

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Há três anos, família aguarda respostas sobre morte de índio por descarga elétrica em Rondonópolis

A morte do índio bororo, Gilmar Panakire, completou três anos no último dia 1 de junho. Na ocasião, conforme informações, o índio morreu eletrocutado devido a uma descarga elétrica de um poste de energia no pátio do supermercado Atacadão, em Rondonópolis.

Em carta enviada a nossa redação, o Cacique da Aldeia Córrego – Grande, Bruno Tavie, conta que a família e a comunidade indígena aguardam respostas a respeito da morte do índio.

De acordo com o Cacique, até o momento o inquérito policial não foi concluído.

“Fazem três anos, que o triste fato aconteceu, e como sempre em nosso país, a sociedade não indígena abafa e esconde a violência contra os povos indígenas. Até o presente momento o inquérito policial não foi concluído e corríamos o risco de prescrever os direitos da família do Panakire, isto só não aconteceu, mediante a disponibilidade e dedicação dos advogados Rafaelly Rezende de Almeida e Erivelton Almeida Postil, que quando procurados, correndo contra o tempo se tornaram nossos fieis aliados”, disse.

Além disso, o cacique conta que ainda ouviu de algumas pessoas no dia da morte, “também quem manda beber”.

“Três anos de dor, de saudade e de indignação, ficamos tristes em ver o fato sendo esquecido como tantos outros, que foram passados como o vento. Para a sociedade não indígena é só mais um índio que morreu, como escutamos no dia de sua morte: “também quem manda beber”, esquecendo que poderia ter acontecido com qualquer pessoa. Para nós perdemos um irmão, um amigo, um líder comunitário, parte de uma luta. Por isso, queremos fazer memória, recordar este crime que ainda não foi solucionado e dizer que não nos calamos. O problema do nosso tempo é o silencio dos bons”, finaliza.

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