Greve do Indea e Intermat chega ao fim após 24 dias

Redação PH

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Greve do Indea e Intermat chega ao fim após 24 dias

Os servidores dos Institutos de Defesa Agropecuária (Indea) e do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) decidiram, nesta quinta-feira (30), pelo retorno ao trabalho nos 141 municípios do estado. Foram 24 dias em greve pelo pagamento integral da Revisão Geral Anual (RGA) de 11,28%.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (Sintap), Diany Dias, avalia que o resultado da greve, apesar de não ter sido o esperado, foi uma prova da força que os servidores destas bases têm junto à economia do estado. Além disso, a união demonstrada pelos servidores da capital e, ainda mais pelos do interior, é o que leva, agora, a entidade a traçar estratégias de luta desde já para os próximos meses a fim de conseguir garantir a RGA de 2016, que tem data-base em maio de 2017, de forma que os trabalhadores não saiam mais perdendo poder aquisitivo.
Dias frisa que, com a paralisação, quem mais perdeu não foram os servidores e sim a economia do Estado, que contabilizou uma perda de quase R$ 800 milhões no setor agropecuário, tudo por conta da inabilidade de negociação do governador, que não teve vontade política para abraçar as sugestões do Fórum Sindical e conseguir aumentar a Receita Estadual sem que fosse preciso cortar na carne dos servidores. “Em todos os momentos a única saída apresentada pela equipe econômica do governo sempre foi economizar por intervenções nos salários dos que mais sofrem, que são os servidores. Primeiro foi a ameaça de mudança de data de pagamento para o dia 10, depois que atrasaria se pagasse a integralidade da RGA e agora esses 7,36% sem o aval do Fórum Sindical colocado goela abaixo dos sindicalistas e suas bases.
GTAs
Com a volta ao trabalho as Guias de Transporte Animal (GTAs) voltam a ser emitidas. Esse documento, conforme a presidente é bom parâmetro do quanto a greve teve de adesão. Para se ter uma ideia, em 2015, entre os dias 6 e 16 de junho o Indea emitiu 60 mil GTAs e, em 2016, no mesmo período, apenas 19 mil sendo somente 7 mil emitidos pelos servidores em atendimento à liminares e acordos com entidades. O restante desse número é do chamado módulo produtor.
Corte de ponto e Portarias
Outra ação que começa a ocorrer de forma mais incisiva por parte do Sintap será relativa ao corte do ponto. A assessoria jurídica do sindicato explica que, no tocante a esse assunto, como a Justiça notificou a pessoa errada informando da ilegalidade da greve do Sintap e, nesse intervalo de tempo, o Sintep conseguiu que a Justiça desse a legalidade na paralisação dos professores, tudo isso será juntado numa peça jurídica questionando esse impasse do porque uma é legal e a outra ilegal e também a confusão para a notificação do verdadeiro representantes sindical. Nesse cenário, de acordo com a assessoria jurídica do Sintap, não pode haver o corte do ponto.
A assessoria jurídica também vai tomar providências acerca das portarias 19 e 20 publicadas no Diário Oficial do último dia 28 onde o presidente do Indea, Guilherme Nolasco, assedia os servidores da autarquia a voltarem ao trabalho alegando que a greve passou de 20 dias e que haverá corte de ponto. “Em primeiro lugar uma greve não tem prazo e em segundo, como quer cortar o ponto alegando ilegalidade se não fomos notificados disso?”, questiona a presidente. Ela frisa ainda que, lutar ainda mais para melhorar as condições de trabalho no Intermat e Indea será a maior prioridade do Sintap daqui em diante.

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