Gravidez tardia exige acompanhamento médico

Redação PH

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Gravidez tardia exige acompanhamento médico

As mulheres estão tendo filhos cada vez mais tarde. É o que indica os últimos dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos quais, em um período de um pouco mais de dez anos, o grupo de mães entre 30 e 34 anos cresceu de 15% para 20%, e de 7,4% para 10% entre as mulheres de 35 a 39 anos. Obstetras indicam o acompanhamento próximo quando esta postergação da maternidade for escolhida, pois pode acometer em algumas complicações para a saúde da futura mãe ou do bebê.

Para Fernando Tostes, ginecologista e ultrassonografista que integra o corpo clínico do laboratório Cedic Cedilab, adiar a maternidade está ligado a uma série de decisões socioeconômicas importantes, porém, os riscos e as dificuldades da gravidez a partir de 35 anos também devem ser considerados. “A gestação implica em uma série de riscos, independentemente da idade, mas eles tendem a aumentar com a idade. Isso porque os óvulos ‘envelhecem’, aumentando a chance de falhas genéticas e síndromes cromossômicas. Além disso a incidência de doenças como diabetes e hipertensão são mais comuns em faixas etárias mais elevadas, o que é sempre um complicador para a gestação”, explica o médico.

De acordo com o especialista, a preocupação pode ser ainda maior quando a mulher teve múltiplas gestações anteriores. “Podem ocorrerhemorragias causadas pela deficiência da contratilidade do útero, por exemplo. Ou ainda, a mulher tem mais chance de sofrer a incompetência istmo cervical, que se trata de um defeito do colo em permanecer com o canal fechado, mesmo sem contrações. Podendo levar ao parto prematuro”, exemplifica.

Acompanhamento pré-natal

Entre as complicações mais comuns que podem afetar o filho de uma gestação no final da idade reprodutiva da mulher, o especialista destaca o aborto espontâneo e síndromes genéticas, como a Down. Já para a mãe, o risco é maior para inflamações e endometriose, por exemplo. “Alguns problemas não conseguem ser evitados, mas se a pessoa tiver uma vida saudável, evitar o sedentarismo, obesidade e cigarro, e realizar o pré-natal com a acompanhamento médico indicado, ela terá uma maior chance de uma gestação tranquila, com qualquer idade”, completa Dr. Fernando.

Para a mãe madura o ginecologista indica o mesmo exame de imagem para qualquer gravidez: a ultrassonografia. Saiba quais são as fases da gestação que o ultrassom investiga:

·Logo no início para datação da gestação, indicar o número de embriões e localização na cavidade uterina.

·Entre 11 a 14 semanas para estimativa de risco de síndromes e cardiopatias, com a medida da translucência nucal, para avaliação de possível alteração cromossômica, malformações ou alguma síndrome genética, e identificar a presença do osso nasal.

· Com 16 semanas, período em que é possível identificar o sexo fetal.

·Por volta de 24 semanas, para ver detalhes da anatomia fetal com a realização da ultrassonografia morfológica, para avaliar o desenvolvimento do bebê com bastante detalhe, incluindo os órgãos internos e detectar a posição da placenta no útero.

·Por volta de 28 semanas com dopplerfluxometria que irá avaliar a circulação sanguínea da mãe e do feto e rastrear o risco de-eclâmpsia, que é a pressão alta na gravidez.

·Ao final da gravidez para avaliar crescimento fetal, posição, estimativa de peso e quantidade de líquido.

Dr. Fernando Tostes reforça que esses exames devem ser demandados pelo obstetra responsável pelo pré-natal de cada mulher. “Demais exames de imagem complementares podem ser necessários em casos específicos na qual se tem antecedentes ou foram encontradas determinadas alterações no exame de ultrassonografia”, conclui o médico.

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