A modalidade mais barata de crédito, o consignado, vai ficar mais cara. Na quinta-feira (29), o CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social) aprovou aumento das taxas máximas de juros. Esse é o tipo de empréstimo com desconto direto em folha de pagamento, muito usado por pensionistas e aposentados.
Para o empréstimo pessoal, a taxa passa de 2,14% para 2,34% ao mês. Se a modalidade de financiamento for o cartão de crédito, os juros saltam de 3,06% para 3,36%.
Segundo o Ministério do Trabalho e Previdência Social, esse aumento já era debatido desde o começo do ano. As instituições financeiras pediam que os juros fossem de 2,48% para o empréstimo pessoal e de 3,49% para cartão de crédito. O governo não aceitou e fez a contraproposta, que resultou na atual decisão.
Apesar do aumento, o consignado continua sendo o dinheiro mais barato disponível no mercado. Um empréstimo pessoal, no Banco do Brasil, por exemplo, tem taxa de juros de 4,83% ao mês. No Bradesco, os juros são de 6,73%: mais de 100% ao ano.
Outras modalidades de crédito têm taxas ainda mais altas. É o caso do cartão de crédito, que, segundo o Banco Central, os juros chegaram a 414,3% ao ano, em setembro. Usar o cheque especial custa 263,7% ao ano.
