Futuro dos Tribunais de Contas em discussão no VI Encontro Nacional dos TCs

Futuro dos Tribunais de Contas em discussão no VI Encontro Nacional dos TCs

Futuro dos Tribunais de Contas em discussão no VI Encontro Nacional dos TCs

O VI Encontro Nacional dos Tribunais de Contas do Brasil (VI ENTC), aberto no início da noite desta quarta-feira (28/11), se propõe a discutir as expectativas das Cortes brasileiras, tendo como parâmetro a temática relativa à “Inovação, Integração, Prevenção e Eficiência”. Com um público formado por 800 participantes, entre membros, auditores de controle externo e procuradores do Ministério Público especial, o evento se estende até sexta-feira (30/11), no CentroSul, em Florianópolis (SC).

A saudação inicial aos participantes coube ao conselheiro Dado Cherem, presidente do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC), parceiro da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) na realização do VI Encontro. Ele falou da inspiração no Planejamento Estratégico e no Plano de Gestão da entidade para o desenvolvimento da programação, que somará 50 horas de conteúdo, resultantes de conferências, palestras, debates e painéis; além de diversos eventos paralelos.
O conselheiro Dado Cherem confessou que tem uma crença pessoal de que o futuro dos Tribunais de Contas depende de inovação e de prevenção tempestiva, que maximizam a eficiência do controle. A orientação ao gestor público também figura, segundo ele, dentre as ações preconizadas ao controle externo moderno. “O Tribunal de Contas é um órgão de fiscalização, e não podemos perder este foco. Devemos ser rigorosos com o mau uso do dinheiro público, principalmente com os desvios e desfalques, mas, sempre que possível, prevenir e orientar”.
Anunciando o lançamento de aplicativos, desenvolvido por técnicos do TCE/SC, para fomentar o controle social, ele acrescentou que “quanto mais informações detêm da gestão pública, mais os cidadãos estarão preparados para cobrar dos órgãos de controle e, consequentemente, contribuir para a boa governança”. Entre os aplicativos, destaque para o da Ouvidoria, que, a exemplo do espaço no Portal da Corte catarinense, é mais um canal de interação da Instituição com a sociedade.

O presidente da Atricon, conselheiro Fábio Nogueira, do TCE/PB, fez um pronunciamento em que destacou a imperiosa missão dos Tribunais de Contas para o atendimento daquilo que a cidadania demanda da gestão pública. Segundo ele esse olhar atencioso ao cidadão é o pilar que sustenta o processo de aprimoramento vivenciado pelo Sistema.

De acordo com o conselheiro Nogueira, para alcançar a cidadania plena, o Sistema Tribunais de Contas precisa “contribuir para a redução dos índices de pobreza e de analfabetismo, que tanto infelicitam e envergonham; atuar pela dignidade das pessoas; contribuir com a preservação da grandeza do Brasil; preocupar-se com o desenvolvimento sustentável; reforçar as ações de combate à corrupção”.

O presidente da Atricon destacou que, para consolidar o processo de aprimoramento que as Cortes de Contas brasileiras empreendem, é preciso enxergar, alcançar e contemplar cada cidadão do país. Isso vem acontecendo, segundo ele, por intermédio do Programa Qualidade e Agilidade dos Tribunais de Contas, que tem no Marco de Medição de Desempenho a ferramenta base. “O MMD-TC é a bússola que identifica o percurso mais propício para a efetivação, o que começa com um olhar interior”
O jornalista Ricardo Noblat, bloguista do Portal da Revista Veja, que reúne cinco décadas de experiência no jornalismo, foi saudado pelo presidente Fábio Nogueira, a quem tratou como testemunha viva dos grandes acontecimentos da República. Noblat proferiu a conferência magna de abertura do VI Encontro Nacional dos Tribunais de Contas.
Ao falar sobre “O Momento Político Brasileiro e os Órgãos de Fiscalização”, Noblat salientou que os Tribunais de Contas exercem importante papel republicano e que podem contribuir com a retomada do crescimento do país. De acordo com ele, essa missão foi ressaltada depois da atuação da Operação Lava Jato.
Para reforçar esse protagonismo, o jornalista destaca a necessidade de os Tribunais de Contas refletirem sobre o seu papel. Por outro lado, considera que essa reflexão vem se processando desde que as Cortes decidiram aprimorar as suas práticas.

Apoiadores

Falaram pelas entidades apoiadoras do evento, o ministro Marcos Bemquerer, presidente da Associação Nacional dos Ministros e Conselheiros-Substitutos dos Tribunais de Contas (Audicon), que enalteceu a qualidade dos palestrantes e debatedores, o que resultará em “um evento muito proveitoso”.
O conselheiro Thiers Montebello, presidente da Associação Brasileira dos Tribunais de Contas dos Municípios (Abracom), disse que o evento possibilita reencontros que expressam o afeto nutrido entre os membros do Sistema. Para ele, o VI Encontro também será espaço para reforçar a troca de conhecimentos, iniciativa estimulada pela Atricon em suas atividades de rotina.

Saudação especial

O governador de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira, destacou o respeito e a colaboração com que o TCE/SC trata a gestão pública. “Essa relação harmoniosa, que prima pela orientação ao gestor, produz um melhor desempenho da gestão”. Ele avalia que essa atitude não desestimula a participação na vida pública, que é fundamental.

Composição da mesa

Além dos anfitriões conselheiros Fábio Nogueira, da Atricon, e Dado Cherem, do TCE/SC, e do governador Eduardo Pinho Moreira, compuseram a mesa solene o ministro substituto Marcos Bemquerer, representantes da Audicon; o conselheiro Thiers Montebello, da Abracom; o procurador do TCU Júlio Marcelo, da Ampcon; Zulmir Breda, presidente do Conselho Federal de Contabilidade; Sisi Blind, prefeita de São Cristóvão do Sul, que representou a Confederação Nacional dos Municípios (CNM); e o procurador-geral de Santa Catarina, Sandro José Neis.
Após o encerramento da conferência, os participantes assistiram a apresentaram do Ballet Bolshoi de Santa Catarina.

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