Fundo Constitucional do Centro-Oeste terá mais recursos em 2019

Ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto Foto: José Cruz/Agência Brasil

Fundo Constitucional do Centro-Oeste terá mais recursos em 2019

O Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) contará com mais R$ 1,395 bilhão a mais até o final deste ano para os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal. O financiamento pode ser tomado por empresas e produtores rurais que desejarem iniciar, ampliar ou modernizar atividades produtivas.

O FCO é um fundo de crédito criado pela Constituição de 1988 para incentivar o desenvolvimento econômico e social do Centro-Oeste. Os recursos financiam empreendimentos que gerem empregos, com prioridade para projetos de pequeno e médio porte, com alguns grandes investidores atendidos.

Os tomadores podem ser empresas e produtores rurais, pessoas físicas e jurídicas, além das cooperativas de produção que desenvolvam atividades produtivas nos setores agropecuário, mineral, industrial e agroindustrial.

Com R$ 1,395 bilhão a mais para o FCO, o estado de Goiás receberá R$ 460 milhões a mais. Outros R$ 460 milhões vão para o Mato Grosso, R$ 335 milhões para o Mato Grosso do Sul e R$ 140 milhões ao Distrito Federal.

O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, explicou que o retorno de recursos para o fundo com o pagamento feito por tomadores foi o que possibilitou aportar mais dinheiro para a região Centro-Oeste. “Uma notícia positiva, mostra a saúde do fundo, que está funcionando e que o investimento que é feito acaba retornando para o cofre público permitindo que você faça novos financiamentos, fomentando novas atividades econômicas”, disse Canuto.

FCO gerando emprego e renda

Biscoitos Mineiros Foto: Divulgação/ Facebook

Os recursos a mais para o Distrito Federal foram uma boa notícia para a empresária Régila Teixeira, que é sócia da loja Casa de Biscoitos Mineiros e está expandindo o negócio. Ela

contou que começou fazendo biscoitos e salgados em casa há 23 anos em Brasília e recorreu ao FCO para montar a primeira loja. O negócio prosperou e veio a segunda loja e um novo financiamento do Fundo Constitucional do Centro-Oeste.

Agora já são três unidades funcionando que geram 250 empregos. Outras duas estão em processo de montagem e a empresária busca mais um financiamento do FCO para investimento nessas unidades. A previsão é de criar mais 100 empregos.

Régila disse que o investimento para os empreendimentos é alto e sem o FCO ficaria difícil conseguir financiamento com juros e prestações acessíveis. “Fizemos opção pelo FCO pelos juros que são baixos, pelo prazo de pagamento e carência. Sem o FCO seria complicado de funcionar. São prestações que você consegue pagar e acredito que é hoje o financiamento que mais vale a pena para quem está montando um negócio ou quer ampliar”, contou.

Mudanças no Fundo

No último dia 16, foram aprovadas propostas para aprimorar e facilitar as regras de acesso aos financiamentos do FCO. Uma delas foi a alteração do limite financiável para capital de giro, passando de R$ 7 mil para R$ 10 mil no caso de empreendedores individuais, e de R$ 180 mil para R$ 200 mil no caso de microempresas.

“Isso possibilita nesse momento de deficiência de recursos financeiros que essas empresas tenham condições de manter suas operações, mantendo os empregos, a economia e sua atividade empresarial e produtiva”, disse o ministro Gustavo Canuto.

Outra mudança foi a alteração do teto de financiamento do FCO, passando de R$ 30 milhões para R$ 20 milhões por tomador e, na assistência máxima permitida, reduzido de R$ 400 milhões para R$ 200 milhões por cliente, grupo empresarial ou grupo agropecuário. Como a demanda por crédito é maior que os valores disponíveis para financiamentos, a mudança faz com que o fundo atenda a um universo maior de beneficiários.

“O fundo é uma ferramenta muito importante, um instrumento de ação para trabalhar a política pública de desenvolvimento regional. Ela tem favorecido muito a região Centro-Oeste com a locação de recursos, induzindo o crescimento econômico da região proporcionando mais emprego e renda”, disse a coordenadora-geral de Fundos da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Luciana Barros.

Onde buscar o FCO

Em todos os estados do Centro-Oeste e no Distrito Federal há instituições financeiras que disponibilizam recursos do FCO. São elas o Banco do Brasil, Banco Regional de Brasília (BRB), Bancoob, Sicred, Goiás Fomento, MT Fomento, BRDE, Cresol-Sicoper.

Condições de financiamento

Uma vantagem do FCO é oferecer melhores condições de limites financiáveis, longo prazo de pagamento e baixas taxas de juros. Os limites financiáveis podem chegar a até 100% dependendo do projeto e da localização do empreendimento. Já o prazo para o pagamento do financiamento pode chegar a 20 anos, incluído o período de carência de até 5 anos.

Fonte de recursos

O FCO é formado por 3% da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O recurso vem também dos pagamentos efetuados pelos que pegaram financiamentos.

+ Acessados

Veja Também