Fumar maconha na adolescência não traz problemas à saúde, diz estudo

Redação PH

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Fumar maconha na adolescência não traz problemas à saúde, diz estudo

O uso de maconha durante a adolescência não está diretamente ligado a problemas físicos e mentais, como depressão, asma e surtos psicóticos, revela estudo divulgado nesta semana pela Associação Americana de Psicologia, na revista Psychology of Addictive Behaviors.

O resultado foi surpreendente inclusive para os próprios pesquisadores, representantes das universidades de Pittsburgh e Rutgers. “Não existe nenhuma diferença na saúde mental ou física por conta da frequência do uso de maconha na adolescência”, disse o responsável pela pesquisa, Jordan Bechtold.

Ao todo, participaram 408 homens de 15 a 30 anos. Eles foram divididos em grupos baseados na frequência do usuário – os que não fazem uso da substância ou a usam pouco (46%), usuários crônicos (22%), quem fumou somente na adolescência (11%) e usuários tardios, isto é, que passaram a fumar recentemente (21%). Apesar da amostra ter 54% de seu total de negros, 42% de brancos e 4% de outras etnias, também não foram contastadas diferenças em relação a essa questão.

À medida em que a maconha é legalizada em diversos estados norte-americanos, como Colorado e Washington, as instituições dos EUA têm se preocupado com um possível aumento do consumo da substância, além dos danos à saúde no longo prazo. A expectativa do estudo era que fossem apontadas relações entre a erva e o desenvolvimento de manifestações que vão desde delírio e depressão até ansiedade, alergia, dores de cabeça e pressão alta. No entanto, os pesquisadores não apontaram nenhuma ligação entre tais sintomas e a substância.

Bechtold ainda explicou que, apesar da pesquisa ter abordado apenas pessoas do sexo masculino, é um dos poucos estudos no mundo sobre os efeitos da maconha a longo prazo, visto que os participantes foram monitorados durante duas décadas. Outra ressalva feita pelo cientista é em relação à idade limite, 30 anos: “Pode ser que seja cedo para que traços do uso da substância apareçam, mas a pesquisa vai continuar a coletar dados.”

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